A harmonização facial se tornou um dos procedimentos estéticos mais comentados dos últimos anos. Influenciadores e celebridades popularizaram a técnica, e muitas pessoas passaram a enxergar esse recurso como uma solução rápida para melhorar a aparência. Mas será que todos compreendem os benefícios, os riscos e os cuidados necessários?
Para esclarecer essas questões de forma simples e direta, conversamos com o Dr. Hugo Mari, cirurgião-dentista especializado em harmonização facial, que explica tudo o que você precisa saber antes de decidir por esse procedimento.
Dr. Hugo Mari, o que realmente é a harmonização facial?
Dr. Hugo Mari: Harmonização facial não é sinônimo de mudança radical. É um conjunto de procedimentos que ajustam proporções, suavizam marcas de expressão e equilibram traços do rosto. Usamos preenchedores, bioestimuladores e outras técnicas para valorizar a estrutura facial, sempre respeitando a naturalidade.
Quais os principais benefícios para quem faz?
Dr. Hugo Mari: O primeiro impacto é na autoestima. Pequenos ajustes podem suavizar expressões cansadas e melhorar a harmonia do rosto, trazendo um ar mais jovem e descansado. Além disso, como o procedimento não é cirúrgico, o tempo de recuperação é curto e os efeitos podem ser ajustados conforme necessário.
E os riscos?
Dr. Hugo Mari: O maior perigo é procurar profissionais sem a devida capacitação. Aplicações erradas podem levar a assimetrias, infecções ou, em casos graves, necrose devido à obstrução vascular. Outro risco está no excesso de produto, que pode deixar o rosto artificial e sem expressão.
Existe um limite para a harmonização facial?
Dr. Hugo Mari: Sim. E esse é um ponto que todo paciente precisa entender. O objetivo é realçar a beleza natural, não criar um novo rosto. Quando bem feita, a harmonização mantém a identidade da pessoa, sem exageros ou padrões artificiais.
Como escolher um bom profissional para evitar arrependimentos?
Dr. Hugo Mari: É fundamental procurar especialistas qualificados, com conhecimento profundo da anatomia facial. Além disso, o profissional deve entender suas expectativas e ser sincero sobre o que pode ou não ser feito no seu rosto.
Quais os principais cuidados antes e depois do procedimento?
Dr. Hugo Mari: Antes da aplicação, é essencial uma consulta detalhada para avaliar a necessidade do procedimento e definir um plano personalizado.
Depois, os principais cuidados incluem evitar massagens na área tratada, suspender exercícios físicos intensos nas primeiras 48 horas e seguir todas as recomendações do profissional. O inchaço inicial é normal e o efeito real só aparece após algumas semanas.
Existe um perfil ideal para fazer harmonização?
Dr. Hugo Mari: Não há um único perfil. Pessoas que percebem assimetria facial, sinais de envelhecimento ou perda de volume podem se beneficiar. O segredo é respeitar os limites individuais e buscar um resultado que valorize, e não transforme completamente, o rosto.
A harmonização facial é permanente?
Dr. Hugo Mari: Não. Os materiais usados, como ácido hialurônico e bioestimuladores de colágeno, são absorvidos pelo organismo ao longo do tempo. A duração varia entre 6 meses e 2 anos, dependendo do metabolismo e dos cuidados do paciente.
A idade influencia na decisão de fazer o procedimento?
Dr. Hugo Mari: A partir dos 25 anos, muitas pessoas já começam a notar mudanças no rosto e procuram o procedimento como forma de prevenção. Mas cada caso é único. O importante é que a decisão seja feita por vontade própria, e não por pressão estética.
Como saber se a harmonização facial é a escolha certa para mim?
Dr. Hugo Mari: Se existe algo no rosto que incomoda e pode ser ajustado sem exageros, a harmonização pode ser uma boa opção. Mas a decisão deve ser consciente. É importante entender que esse não é um procedimento que precisa ser feito a qualquer custo. Não se deve buscar um padrão imposto pela internet, e sim um equilíbrio que respeite a sua identidade.
A harmonização facial pode ser uma ferramenta poderosa para quem deseja realçar a própria beleza. Mas, como qualquer procedimento estético, exige cautela, planejamento e um olhar criterioso.
O segredo da boa harmonização não está na mudança radical, mas no respeito às feições únicas de cada rosto. E, no fim, a pergunta mais importante não é “como eu quero que as pessoas me vejam?”, mas sim “como eu quero me sentir quando me olhar no espelho?”.