O Mundo é Regido pelos Fracos

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Nietzsche tinha uma convicção que incomodava até quem nunca leu uma linha sua: o mundo é regido pelos fracos. E antes que você se ofenda ou saia correndo para o Google procurar refutações, respire fundo, e saiba que ele se referia a diferença entre quem age por força própria ou quem só reage ao que os outros fazem.

Todo mundo “sabe” o que é niilismo: aquele ser “darkemo”, sem propósito, que acha que nada vale a pena e vive reclamando da existência. Errado, para Nietzsche, niilista é justamente o contrário — é quem acredita demais em transcendências, em mundos superiores, em salvações futuras.

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O niilista é aquele que vira as costas para o mundo real — cheio de pulsões, desejos, caos, contradições — e foge para um mundo “perfeito”: o paraíso perfeito, a sociedade sem classes comunista, ou o “novo normal” progressista. Todos iguais na essência: negam o mundo como ele é e se consolam com promessas de um amanhã idealizado.

É o sujeito que não aguenta a vida terrena, com toda sua brutalidade e beleza, e precisa inventar uma realidade asséptica onde tudo se resolve, todos são iguais e ninguém sofre. Niilismo é fuga da vida real em nome de uma fantasia consoladora.

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Forças Ativas vs. Forças Reativas:

Nietzsche dividiu as forças humanas em dois tipos — e aqui mora o segredo para entender por que vivemos cercados de mediocridade.

Forças Ativas são aquelas que brotam de dentro, que criam, que se manifestam pela pura potência vital. É o artista que pinta porque não consegue não pintar, o pensador que questiona, pois questionar é sua natureza. Força ativa não reage — ela age. Não espera permissão, não pede desculpas, não se justifica.

Forças Reativas, por outro lado, só existem como resposta ao que já existe. É o funcionário que reclama do chefe, o crítico que só sabe apontar defeitos, o militante que só sabe ser “contra” alguma coisa. Força reativa é o zagueiro marcando o atacante, o burocrata criando regras para limitar quem produz, o ressentido fazendo regras para castrar quem ousa.

E adivinhe quem está ganhando o jogo?

Os reativos vencem porque sabem fazer alianças. Enquanto o cara de força ativa está ocupado criando, produzindo, sendo genial, os reativos se organizam em sindicatos, movimentos “coletivos”. Eles criam as regras do jogo — e, obviamente, essas regras sempre favorecem os medíocres.

Todos são iguais. Do assassino ao professor, da ladra a mãe de família, do traficante ao pai de família. Nietzsche via como a vitória dos fracos — quem inventou isso senão quem sabia que valia menos que um?

O Ressentimento Como Motor da Civilização

O que move a força reativa é o ressentimento. É o “por que ele pode e eu não posso?”, o “isso não é justo”, o “ele não merece”. O ressentido não quer subir ao nível do forte — quer rebaixar o forte ao seu nível, sim, o socialista/comunista nada mais é do que um ressentido medíocre.

E aqui está o ponto que dói: a maior parte da nossa “civilização” é fruto de ressentimento. As leis que impedem a excelência, as burocracias que castram a criatividade. Tudo isso nasceu da incapacidade dos medíocres de aceitar que alguns são melhores que outros.

Segundo Nietzsche, só resta um lugar onde as forças ativas ainda predominam: a arte, porém arte de verdade.

O verdadeiro artista age pela própria energia vital, não por técnicas que qualquer um pode copiar. É por isso que um quadro pintado por um gênio vale milhões, enquanto uma cópia perfeita vale centavos. A diferença não está na tinta — está na força que a aplicou.

Duas Formas de Existir

Nietzsche distinguia duas formas de poder: potestas e vontade de potência.

Potestas é o poder social, jurídico, moral — aquilo que você está autorizado a fazer pelos outros. É produto das forças reativas, é concessão, é limitação disfarçada de privilégio.

Vontade de potência é diferente. É a potência que brota de dentro, é o que você pode fazer pelos próprios recursos orgânicos, pela própria energia vital. Não é o que a sociedade permite — é o que a vida exige.

Então, caro leitor, a pergunta que fica é simples e dolorosa: você é força ativa ou reativa? Age pela própria potência ou apenas reage ao que os outros fazem? Cria ou apenas critica? Constrói ou apenas destrói?

A força ativa não se ofende — ela se reconhece. A reativa se ressente, reclama, quer censurar, quer “cancelar”.

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