23/09/2022 às 22h04min - Atualizada em 23/09/2022 às 21h32min

O DILEMA DA MULHER '' LIVRE ''.

Aline Camargo

Aline Camargo

Especialista em Desenvolvimento Humano ​Te ajudo a destravar seus medos para lhe permitir realizar seus maiores sonhos!

Aline Camargo
   Uma mulher sozinha, indo a um restaurante, faz polidance, estuda, trabalha, tem bons amigos, mora em um belo apartamento, em uma localização privilegiada. Ela consegue se bancar, viajar, tem um  animalzinho de estimação, cuida da alimentação , em geral são veganas e não consomem açúcar. Cuidam do cabelo e pele, malham 5 a 6 vezes por semana, praticam dança,são espiritualizadas, e  adoram viajar,  tem até um conta nos aplicativos de relacionamentos, mas ainda não encontrou ninguém que realmente vale a sua atenção, somente distrações. Frequentam lugares bons, e ao entrar nesses ambientes, são conectadas a um sentimento confuso, sobre o que elas realmente querem e quem elas realmente são.
    Ao notarem os olhares dos namorados e maridos alheios, ao ouvirem os choros da nova geração de crianças birrentas da atualidade, ao ver o aparente descontrole emocional das mães sobrecarregadas ao seu lado, e dos maridos que estão fazendo um esforço  homérico para não virar o pescoço para olhar um pouco mais para ela, alí nasce o dilema dessa mulher, entre o ser  ( livre) e desprendido, com tempo de sobra para cuidar de si mesma, de atrair olhares de todos a sua volta, mas chegar sozinha e ir embora da mesma forma que veio, em uma sociedade machista e patriarcal , que parece ter definido qual é o jeito " certo" de uma mulher existir e atingir o tão sonhado sucesso!  As respectativas esposas e namoradas do mesmo recinto, torcem às narinas para essa mulher dita livre, essa por sua vez, se percebe aprisionada na própria bolha que sua escolha lhe colocou, assistindo na sua frente uma liberdade que ela também almeja, mas não pode dizer, porque não seria compreendida se o fizesse. Sobra para esta mulher o comentário esperançoso, de desviar a admiração  do marido ou namorado, dizendo: ---Ela tem silicone, ou, -- Assim é fácil, ela tem tempo para malhar e não tem filhos. Essas palavras destacam bem o dilema da ( falsa liberdade), pois a casada conquistou a prova social da felicidade e do " sucesso " medido e ditado pelo patriarcado. A mulher " livre" está aprisionada pelo medo de não conseguir ser feliz por muito tempo, visto que a própria solitude parece ser uma ofensa aos que desejam tê-la tanto, quanto ela também desejou. Ao final sobra para essa mulher, uma espécie de inquieta-te silenciosa, onde todas as competências e qualidades que levou anos para se construir, parecem perder o sentido quando se chega aos 39, ou 45 e ainda não se têm filhos, ou um companheiro. Ou a mulher de 23 a 28 anos que se vê jovem e bonita, mas sobrecarregada pelas funções exigidas para o papel que ela escolheu ou que escolheram ela para realizar,  ambas dividem algo em comum: Dúvida sobre se estão no caminho certo, ou até quando estarão verdadeiramente felizes  e em paz com sua escolha! Uma deseja o que a outra tem, e ambas parecem concordar num ponto: Queremos algo que não temos, e não sabemos até quando nos sentiremos seguras em querer o que queremos, ambas sofreram o julgamento  e apontar de dedos!
  A mulher livre, deseja  ter direito a liberdade, sem ser julgada ou questionada como:'' Você nunca se casou porque não quis ou porque nunca encontrou alguém que lhe assuma''? Ou perguntas como:'' Você não tem medo de ficar velha para ser mãe? Você precisa se casar! ''. Ao passo que a jovem mulher sobrecarregada, está vendo sua beleza e juventude escapar pelos dedos, tomada por funções que ela nunca imaginou que seriam tão desafiadora, muitas param de trabalhar e de  estudar para cumprirem melhor essa função, e sofrem o julgamento daqueles que afirmam que ela está perdendo tempo, ou que adiante irá se arrepender. Que o digam as mulheres trocadas por outras mais jovens que elas, por maridos ricos, que magicamente esquecem essa condição por ocasião do divórcio, e simulam a dificuldade financeira para justificar uma partilha ínfima, onde a jovem mulher, precisará se reconectar com os seus medos, que um dia eram certezas de " sucesso''. 
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