A importância de ser um jurista bem formado e atualizado

Nos dias de hoje, em que o mundo está cada vez mais complexo e o número de fontes de informações cresce exponencialmente, é fundamental que o jurista se dedique ao estudo aprofundado do Direito. É preciso dominar as normas e os fundamentos do campo jurídico para estabelecer um diálogo coerente e consistente.

Infelizmente, é cada vez mais comum encontrar juristas que não se dedicam a esse estudo aprofundado. Em muitos casos, eles não têm conhecimento sequer dos textos normativos básicos, como a Constituição da República ou o Código Penal. O resultado disso é uma superficialidade na opinião, que muitas vezes é desfundamentada e baseada em lugares-comuns.

Isso se reflete na falta de confiança e segurança que esses juristas passam para seus clientes ou para a sociedade em geral. Afinal, se um médico dissesse que entende “mais ou menos” de dor no coração, dificilmente alguém confiaria nele para tratar de um problema tão sério.

O problema não está em defender posturas reacionárias ou progressistas, mas sim na falta de conhecimento e na superficialidade da opinião. É inaceitável que alguém que se diz formado em Direito não tenha lido a Constituição ou não domine as normas em que precisa operar.

Para mudar essa situação, é preciso investir tempo e dedicação no estudo aprofundado do Direito, com autores sérios e que ajudem a dominar um campo importante da convivência humana. A maioria das pessoas tem inteligência e capacidade cognitiva, mas é preciso dedicar-se à atividade cognitiva e evitar que o sofá, a internet e as redes sociais sejam mais atrativos.

Se o jurista é capaz de sentir vergonha e pensa no futuro, deve escolher uma área para se dedicar depois de dominar a estrutura democrática do Direito e boa sorte. Não se pode ser mais um jurista “mais ou menos”, pois o inferno e os ambientes forenses estão cheios deles. É preciso ser um jurista bem formado e atualizado para enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.

Mas como mudar essa situação? Como garantir que os profissionais do Direito tenham um conhecimento sólido e atualizado das normas e das teorias jurídicas fundamentais?

Uma possível solução é investir em uma formação acadêmica de qualidade, que aborde de forma aprofundada as teorias e os conceitos essenciais do Direito. Além disso, é importante que os profissionais se mantenham atualizados, por meio de cursos de especialização, pós-graduação e participação em eventos e congressos da área.

Outro aspecto relevante é a valorização do pensamento crítico e da argumentação fundamentada, que permitam um debate jurídico consistente e saudável. É preciso que os profissionais do Direito sejam capazes de refletir sobre as normas e as decisões judiciais, questionando suas premissas e fundamentos e buscando soluções que promovam a justiça e a equidade.

Por fim, é fundamental que os profissionais do Direito tenham uma postura ética e comprometida com a democracia e os direitos humanos. É preciso compreender que o Direito não é apenas uma técnica, mas uma ciência social que tem por objetivo garantir a dignidade e a liberdade das pessoas.

Em resumo, é preciso combater a cultura do "mais ou menos" no Direito, investindo em uma formação acadêmica sólida e atualizada, valorizando o pensamento crítico e a argumentação fundamentada e cultivando uma postura ética e comprometida com a justiça e a democracia. Somente assim poderemos formar juristas competentes e conscientes de sua responsabilidade social.



Artigo elaborado com base na publicação de Alexandre Morais da Rosa.


Escrito por Bruna Vanguarda
Assessora Jurídica.
Bacharel em Direito, graduanda em mediação, Conciliação, Arbitragem, Direito Notarial, Registral, Direito Penal e Processo Penal.
Membro da Comissão Nacional de Justiça Restaurativa e da Comissão dos Acadêmicos de Direito de Itajaí/SC. 
Atuando como Correspondente Jurídica em Camboriú, Balneário Camboriú, Itapema e Porto Belo em Santa Catarina.