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07/02/2020 às 17h11min - Atualizada em 07/02/2020 às 17h11min

​#Zera_ICMS Sim!

O presidente Jair Bolsonaro, na última quarta feira (05/02), reagiu a críticas de governadores sobre a intenção do governo de alterar a forma de cobrança de ICMS sobre a gasolina e o diesel, e voltou a responsabilizar os Estados pela alta de preço nos combustíveis. Em uma provocação, disse que iria “zerar” tributos federais caso os chefes do executivo estaduais topem acabar com a incidência do imposto a nível estadual. Ao tratar do assunto nesta quarta-feira, durante entrevista na porta do Palácio da Alvorada, o presidente voltou a reclamar que a redução no preço do combustível nas refinarias não é refletida no valor cobrado nos postos para o consumidor final.

Saindo de Brasília e vindo para nosso mundo dos negócios, o Custo Logístico das empresas representa uma média de 12,37% do seu faturamento, conforme revelou estudo realizado pela Fundação Cabral. Esse percentual cresceu 0,64% em relação a 2015 onde o custo era de 11,73%. Este incremento representou um gasto de R$ 15,5 bilhões a mais com custos logísticos no período.

E por que eu venho tratar de Custo Logístico? Pois os setores onde os custos logísticos apresentam maior representatividade são na mineração, em papel e celulose, no agronegócio e na indústria. Enquanto os de menores impactos, mas ainda significativos para o preço final do produto, são nos segmentos farmacêutico, de bens de capital, automóveis e eletroeletrônicos. 

Apesar de ser um dos modais com mais altos custos logísticos, o rodoviário ainda corresponde a 85% dos serviços de transporte utilizados pelas empresas no Brasil. Esta situação evidencia explicitamente o aumento do preço final das mercadorias/produtos transportados no país. No rodoviário, o custo do combustível tem um peso bastante elevado para os negócios, especialmente no setor agrícola e na indústria. Por essa razão, reajustes no preço do petróleo e do óleo diesel trazem impactos diretos à cadeia de distribuição de todos os setores.

Para se ter uma ideia, como no Brasil possuímos uma grande produção agrícola e essas cargas precisam ser movimentadas, os gastos com transporte e armazenagem são significativos, representando a maior despesa do setor. O custo estimado da logística para o agronegócio foi de aproximadamente R$ 120 bilhões em 2017. Desses, R$ 105 bilhões foram gastos com transporte (em sua boa parte combustível) e outros R$ 15 bilhões com armazenagem.

De acordo com a Esalq/LOG, em uma rota de mil km, a parcela de gastos com combustível representou uma média 48% da despesa total com transportes. Esse é o item com maior representatividade nos custos da cadeia de distribuição. E tem mais, combustível mais caro interfere também negativamente na estrutura de custos do país e na competitividade do produto brasileiro focado na exportação. Deu pra perceber que precisamos do #ZeraICMS urgente?! Até a próxima!
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