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28/02/2020 às 09h11min - Atualizada em 28/02/2020 às 09h11min

Temporada Fraca para o Comércio

Turistas com menor poder de compra foram os que mais circularam no Litoral de Santa Catarina na temporada, conforme aponta a Pesquisa Fecomércio SC Turismo de Verão no Litoral Catarinense 2019/2020, em reunião da Câmara Empresarial de Turismo da entidade, em Florianópolis. Se por um lado os números retratam um verão abaixo do esperado, por outro apontam diferentes oportunidade nos cerca de 530 quilômetros de litoral.

A maioria dos turistas que passou o verão em SC situa-se entre duas faixas de renda: R$1.893 a R$4.730 (35,9%), um aumento de 6,4% em relação ao ano anterior, e também acima da média histórica (30%); já na faixa que compreende renda de R$4.731 a R$7.568, o resultado foi de 20,9%, registrando queda de 4,3%. Nesta temporada, cada grupo de turistas desembolsou, em média, R$ 4.465,00, puxado principalmente pelos gastos com hospedagem (R$ 2.827,00) e alimentação (R$ 1.191,00).

Historicamente, o próprio brasileiro é o maior cliente do turismo catarinense – em 2019/2020 representou 71,6%, porém, o percentual vem caindo desde 2013. Na análise desta série histórica, é possível perceber também a tendência de queda no percentual de catarinenses desfrutando das praias no Estado.

Já a participação de estrangeiros está avançando nos dois últimos anos: em 2019/2020 representou 28,4%, pouco baixo do ano passado (29%). Mesmo com a crise no país vizinho, os hermanos argentinos (20,6%) tiveram participação expressiva ao nosso Litoral. A fatia de turistas do Paraguai (2,9%) e Chile (1,4%) também cresceu, sinalizando um público que pode ser melhor conquistado nos próximos anos.  Os principais destinos foram Balneário Camboriú (33,3%) e Florianópolis (32,5%).

A pesquisa aponta também uma tendência de crescimento na procura por imóveis alugados durante a temporada de verão em SC. Neste ano representou 34,9% das hospedagens, à frente dos hotéis ou similares (34,7%) e casa de parentes e amigos (22,5%). Entre os imóveis alugados, as plataformas de compartilhamento de imóveis (como o Airbnb, Booking, entre outros) tiveram a maior alta nos últimos três anos - de 2,3% em 2017 saltou para 28,1% em 2019/2020. Este crescimento acompanha a tendência do mercado global da “economia compartilhada” ou o fenômeno da Uberização.

A percepção sobre o resultado da temporada, apurada com 555 empresários nesta pesquisa, mostra o porquê da avaliação negativa neste ano: o gasto menor do turista, mais cauteloso com suas compras (e com um bolso mais curto por conta da crise) impactou diretamente no faturamento (-9,8% - porem eu vejo um percentual de pelo menos -35% aqui no Costa Esmeralda!) e no ticket médio (R$ 173,00) das empresas. Na comparação com os outros meses, porém, o período registrou aumento de 22,4% no faturamento, haja visto que viemos de um 2019 fraco em vendas no comércio local. A movimentação nos estabelecimentos dividiu opiniões: 34,5% considerou bom, ruim (ou abaixo do esperado) foi de 25,8%, a fatia que considerou aumento ou redução de movimento irrelevante ou imperceptível foi de 23,7%, muito ruim ou péssimo 11,6%, e muito bom 4,3%. Até a próxima!
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