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04/02/2021 às 09h49min - Atualizada em 04/02/2021 às 09h48min

Cannabis medicinal melhora a qualidade de vida de pacientes oncológicos

Substâncias da planta reduzem efeitos negativos da quimioterapia

Bartira Betini - cidadenoar.com
A cannabis tem sido utilizada para fins medicinais há milênios. Segundo pesquisas em todo o mundo, a planta é remédio para diversas patologias, como fibromialgia, epilepsia, esclerose múltipla e até tumores. O periódico de oncologia “Cancers” publicou em janeiro de 2019 um artigo da Faculdade de Medicina de Varsóvia, sobre as perspectivas para o uso de canabinóides em oncologia e prática de cuidados paliativos.
De acordo com o documento, evidências indicam a eficiência da cannabis no tratamento da dor, espasticidade, convulsões, distúrbios do sono, náuseas e vômitos,  e Síndrome de Tourette. “A ciência tem comprovado cada vez mais a importância da cannabis na qualidade de vida do paciente oncológico. O complexo mecanismo de ação da cannabis faz com que seja útil em diferentes sintomas do paciente oncológico e sob cuidados paliativos como a dor, a naúsea e vômitos secundários à quimioterapia, a perda de apetite, as alterações de humor e distúrbios do sono. Como coadjuvante no tratamento oncológico ela pode diminuir o número de medicamentos necessários inclusive o uso ou doses de opioides com diminuição dos efeitos adversos destes.”, destaca Maria Teresa Jacob, médica que trabalha com a medicina canabinóide.
O estudo enfatiza que os canabinóides apresentam segurança superior a outras substâncias usadas em oncologia e cuidados paliativos. “Existem algumas controvérsias quanto ao uso de canabinódes, especialmente o THC, em pacientes submetidos à imunoquimioterapia. Como eles atuam no sistema imunológico poderiam prejudicar a resposta à imunoterapia. Não existe até o momento um consenso sobre o assunto, mas seria prudente evitar seu uso nestes casos”, explica a doutora.
“Os canabinóides demonstraram efeitos anticancerígenos em diferentes modelos in vitro e in vivo de câncer”, cita o artigo.
As incertezas e controvérsias sobre o papel e uso adequado de medicamentos à base de cannabis ainda não permitem recomendar seu uso como tratamento de primeira linha da dor crônica e outras condições, principalmente na atenção primária. “Seja qual for o tipo de câncer vamos observar melhora do sono, da depressão, das náuseas e vômitos, e outros sintomas resultantes de uma quimioterapia inclusive os decorrentes da neuropatia induzida pela quimioterapia”, finaliza Maria Teresa.
 
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