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03/03/2021 às 08h29min - Atualizada em 03/03/2021 às 08h27min

Gêmeas trans, operadas em Blumenau, recebem liberação médica

Agência A Assessoria - cidadenoar.com

Caso, que repercutiu internacionalmente, teve um desfecho feliz na última semana

 

Após uma cirurgia onde correu tudo bem, com um pós-operatório igualmente bom, as gêmeas trans operadas em Blumenau há pouco mais de duas semanas, finalmente puderam voltar pra casa, em Minas Gerais, onde ficarão com a mãe.

As irmãs, de 19 anos, Sofia Albuquerck e Mayla Phoebe de Rezende passaram pela cirurgia de redesignação sexual (mudança de sexo) nos dias 10 e 11 de fevereiro e após a plena recuperação foram liberadas pelos médicos para retornarem ao estado natal, na sexta-feira (26/02). O caso repercutiu internacionalmente, sendo noticiado pelos quatro cantos do mundo como o primeiro caso de gêmeas trans que fizeram a transição do masculino para o feminino ao mesmo tempo. A notícia foi citada no periódico norte-americano New York Post e nos ingleses The Sun e Daily Mail, entre outros.

Elas também são as trans mais jovens a fazerem a operação no país, com base na resolução de 2020 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que diminuiu de 21 para 18 anos a idade mínima para a cirurgia.

Operadas no Hospital Santo Antônio pelos médicos cirurgiões Dr. Cláudio Eduardo de Souza e Dr. José Carlos Martins Júnior, que comandam a clínica Transgender Center Brazil, em Blumenau, as irmãs tiveram pouca dor no pós-cirúrgico e iniciaram o processo de dilatação vaginal, protocolo necessário para adaptação ao novo órgão sexual das irmãs, agora com genital feminino.

A partir deste momento, conforme explica o médico Claudio Eduardo de Souza, elas terão acompanhamento médico por telemedicina, num intervalo de 30 a 40 dias cada consulta, para ajustar o protocolo de dilatação da neo-vagina e orientá-las até o início da prática sexual. De acordo com a equipe médica, elas devem retornar à clínica até o décimo segundo mês da operação para consulta com ginecologista da Transgender, e posteriormente fazerem esse acompanhamento com um ginecologista da escolha delas.

Para José Carlos Martins Júnior o caso foi um sucesso e psicologicamente as irmãs ficaram muito felizes e satisfeitas com o procedimento. Embora este não seja o resultado estético final, que se dará entre 18 e 24 meses após a cirurgia, a função urinária já foi reestabelecida e a parte sexual poderá iniciar após 90 dias da operação. 
 

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