De necessidade a uma tendência promissora, o trabalho a distância foi o movimento que mais entrou em destaque no ambiente corporativo no último ano. Segundo informações divulgadas pelo IBGE, em novembro de 2020, há 7,9 milhões de brasileiros em trabalho remoto. Já uma pesquisa realizada pelo IDC a pedido do Google Cloud, em maio de 2021, identificou que o modelo híbrido foi definido como padrão, após pandemia por 43% das empresas, enquanto 9% ainda seguirão com um modelo totalmente remoto.
“Independente do tamanho ou segmento da empresa, o trabalho a distância tornou-se uma realidade para o ambiente corporativo. No entanto, o que começou por conta de uma necessidade, passou a ser visto como uma atividade extremamente vantajosa, mas que ainda conta com certas lacunas em aberto, que precisam ser olhadas com atenção pelo Recursos Humanos das empresas”, diz Maria Fernanda Meireles, head de Pessoas e Cultura na Allya, HR tech com foco em benefícios corporativos e bem-estar financeiro dos colaboradores.
De acordo com a profissional, por conta desse formato de trabalho ter sido implantado às pressas devido a pandemia, sem uma grande experiência prévia por parte das organizações, não existe uma estrutura oficial capaz de garantir uma boa produtividade alinhada ao bem-estar dos colaboradores. Dessa maneira, casos como baixa na performance, depressão e ansiedade acabam sendo uma consequência desse movimento.
Pensando em evitar esse tipo de cenário, Maria Fernanda acaba de desenvolver uma cartilha com “etiquetas para o home office”. Entre as ações inseridas no conteúdo, a fim de deixar o trabalho a distância mais agradável, encontram-se o horário de almoço ampliado (duas horas), incentivo à realização de atividades longe de computadores e reuniões assertivas.
Depois de compreender o cenário mundial, ouvir a opinião das equipes, e de longas conversas entre a alta liderança, o departamento de Recursos Humanos da Embracon, uma das principais administradoras independentes especializada em consórcios, criou o Guia do Trabalho Remoto, que estabelece ‘As 9 regras do trabalho remoto’, incluindo ética digital em relação aos horários, respeito ao corpo, com dicas de ergonomia e pausas, e cuidados com a saúde, envolvendo alimentação e atividades físicas.
“O nosso objetivo com este guia é oferecer dicas e orientações importantes para que possamos construir juntos uma nova forma de trabalhar, que estimule a flexibilidade, autonomia e o foco nas entregas, sem perder de vista a qualidade de vida e o bem-estar de cada um”, explica Brenda Donato, Diretora de Pessoas e Resultados da Embracon.
Para ajudar os cerca de 30 colaboradores, o UP Consórcios disponibilizou aulas virtuais de alongamento, yoga, ginástica laboral e day off de aniversário. “Foram iniciativas que encontramos para ajudá-los a passar com mais tranquilidade esse período de isolamento", diz Lorelay Lopes, Head de Negócios do UP Consórcios. “E em datas comemorativas, como Halloween, festa de final do ano e, recentemente, o aniversário da empresa, fazemos encontros virtuais para interagir e brincar”, completa a executiva.
A ilegra, empresa global de design, inovação e software, reconhecida pelo ISG Provider Lens™, como referência em Digital Workplace, investe há alguns anos em ferramentas para possibilitar o trabalho remoto. No entanto, além das ferramentas, Andreia Braga, HR Analyst da empresa, comenta que, semanalmente, preparam dicas voltadas ao bem-estar, além de promoverem encontros online com especialistas e happy hours de integração da equipe, também virtuais. "Queremos nos manter próximos dos times neste momento de insegurança. As lideranças também têm um papel importante, de prestarem atenção nas suas equipes e manterem uma rotina próxima".
