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30/06/2021 às 13h30min - Atualizada em 04/07/2021 às 00h10min

Aprendendo a compartilhar

Guilherme Augusto de Carvalho (*)

SALA DA NOTÍCIA NQM
http://www.uninter.com
Economia estável significa segurança, o sentimento de poder se recuperar de um período de desemprego ou mesmo de um empreendimento frustrado. Reveses são normais em nossa vida. Por isso que, quem consegue se recuperar rápido, está sempre na frente e quando a economia está bem, esta tarefa se torna um pouco mais tranquila, já que temos mais opções.

Uma pandemia ou mesmo um período de crise, nos traz um sentimento de medo e impotência. Ainda mais quando temos os nossos compromissos, planos e contas. E alguns têm filhos ou pessoas que dependem do seu ganho. Ficar desempregado em tempos de crise não é nada bom.

O lado positivo destes dias é que em meio aos desafios podemos conhecer realmente uma pessoa. O dinheiro e a estabilidade nos mantêm seguros e confortáveis em todos os sentidos. A adversidade nos desestabiliza e derruba todos os nossos disfarces.  

A pandemia desde o começo revelou o pior do ser humano. Nos primeiros meses, pudemos ver pessoas comprando um monte de comida no mercado como se no mundo só elas precisassem de alimento. Temos visto os políticos cortarem gastos de todos os lados, menos os deles. Todos estão sendo obrigados a ceder, menos algumas pessoas e com isso, percebemos o tamanho da injustiça e da desigualdade da nossa sociedade.

Ao assistir ao segundo filme da série X-Men, a frase de abertura do filme me chamou muito a atenção e revela uma grande verdade: “Compartilhar o mundo, não é um atributo da humanidade”.

Eu acredito que esta frase esteja certa, pois, por mais que possamos ver algumas atitudes altruístas, sejam de empresas que têm doado produtos ou alimentos para auxiliar necessitados nestes tempos difíceis, ou mesmo pessoas que doam o pouco que têm a fim de ajudar o próximo, no geral, temos visto uma humanidade pouco empática.

Basta olharmos a natureza para percebermos como o ser humano destrói sem dó, tudo e por causa do dinheiro, como se dinheiro fosse tudo na vida. É fácil vermos o egoísmo. O altruísmo não. Ele já é um pouco mais raro. Tanto que na maioria das vezes ele é notícia, justamente por ser raro, por estar na contramão do comum.

Compartilhar é uma ação pouco praticada e no fundo, revela que pensamos apenas em nós e nas coisas que nos trazem lucro. O ganho, consciente ou inconscientemente, é o padrão da ação. Se eu não ganho nada com a minha ação eu não faço, se eu ganho, seja likes, elogios ou visibilidade, aí eu faço.

 Precisamos aprender a compartilhar e entender que é só nos unindo que faremos diferença. É impossível mudar a realidade sem prestarmos atenção no próximo. Não dá vara viver no mesmo mundo com atitudes egoístas, esquecendo que as minhas ações atingem também ao meu semelhante.

(*) Guilherme Augusto de Carvalho é Bacharel em Teologia, Especialista em Filosofia, Ciências da Religião e Ensino Religioso e Professor da Área de Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter.

 
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