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06/07/2021 às 11h13min - Atualizada em 07/07/2021 às 00h10min

Empresas da “nova economia” discutem leis trabalhistas em serviços de apps

Diretores de plataformas como Ifood e Closeer participam da primeira conferência brasileira sobre o setor. Em alta, conceito envolve novos tipos de relações de trabalho

SALA DA NOTÍCIA Caíque Teixeira Rocha
https://gigsummit.com.br/
Divulgação Gig Summit

Se os altos índices de desemprego no Brasil já não eram o bastante, a chegada da pandemia da Covid-19 evidenciou ainda mais uma alternativa que tem colocado comida no prato de muitos brasileiros: a Gig Economy. A expressão é utilizada para definir um modelo de trabalho caracterizado pela adoção de novas tecnologias e por priorizar vínculos flexíveis, caso dos serviços de aplicativos de entrega e de transporte de passageiros. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, no fim de 2019, somente esse último serviço contava com mais de 1 milhão de motoristas no país, um crescimento de 137,6% em oito anos. 

Pensando em consolidar este conceito em terras brasileiras, a startup Closeer – aplicativo que promove a conexão entre empresas e trabalhadores autônomos – idealizou o Gig Summit. É a primeira convenção nacional sobre o tema e vai reunir profissionais da área de empresas parceiras como iFood, Grupo Ráscal e Pra Você RH, entre outros, no dia 14 de julho online, gratuitamente.

A responsabilidade de explicar o que é a Gig Economy e como está o cenário atual, fica nas mãos de Walter Vieira, CEO da Closeer. Ele acredita que a importância do entendimento deste modelo se dá, principalmente, pelo seu enorme potencial de criar oportunidades. “As empresas não podem parar no tempo, e precisam entender que a Gig Economy pode ser um grande passo para gestores e também para a mão de obra contratada. Essa tendência ficou mais forte durante a pandemia e chama a atenção por proporcionar vantagens para ambos os lados”, afirma.

O conceito não é novo, uma vez que freelancers atuam no mercado há muito tempo, mas a ideia, aliada às inovações tecnológicas, começou a se popularizar na última década. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Secretaria de Estatísticas Trabalhistas (BLS) do país estima que, em 2017, a Gig Economy foi movimentada por cerca de 55 milhões de pessoas. Ainda de acordo com o órgão, atualmente, 36% dos trabalhadores norte-americanos participam da Gig Economy, e 33% das empresas usam extensivamente este modelo de vínculo. Já um levantamento da Edison Research, empresa de pesquisa e análise sobre mercado, aponta que 44% dos profissionais que atuam na Gig Economy nos Estados Unidos têm este modelo como fonte principal de renda. Mais da metade dos pesquisados, 53%, têm entre 18 e 34 anos, o que confirma a tendência entre pessoas mais novas – e seu potencial ainda maior no futuro.


Time de peso                       

A expectativa para que o evento se torne referência no país se dá pela escolha dos temas e dos convidados, já que a programação contempla diversos pontos importantes acerca da Gig Economy. A advogada Andrea Tavares, sócia da Dias & Pamplona, está escalada para explicar como as empresas podem lidar com a flexibilização das leis trabalhistas e de que forma podem associá-las aos trabalhadores Gig

Diego Barreto, vice-presidente de finanças e estratégias do Ifood, e Marcelo Marani, CEO do portal Donos de Restaurantes, vão contextualizar a atuação dos freelancers no foodservice e como esse ecossistema se encaixa na chamada “Nova Economia”. A expressão foi, inclusive, tema de um livro homônimo lançado por Barreto em abril deste ano.

Já Jacqueline Ivo, gestora e consultora da Pra Gente RH, e Daniel Allegro, sócio-diretor de suprimentos e TI do Grupo Ráscal, abordam as dificuldades de se lidar com freelancers. Ambos pretendem discutir maneiras de inovar nessa gestão e também mostrar como os profissionais podem ser mais desejados pelo mercado de trabalho. 

Para Romulo Perini, sócio-diretor da Play Studio, consultoria de inovação e venture builder que apoia empreendedores no seu processo de crescimento, a discussão desses pontos é um fundamental aos novos e futuros empreendedores e investidores, pois, segundo ele, serve como um manual para quem deseja encarar esses novos modelos de forma mais segura. “Há um consenso no mercado de que não basta ser inovador; é preciso que a inovação esteja conectada com as necessidades do usuário e que haja uma cultura forte de experimentação e aprendizado, usando a maior fortaleza da Gig Economy que é a flexibilidade”, afirma.

As inscrições para o Gig Summit podem ser feitas pelo site do evento, de forma gratuita, onde também é possível conferir a programação completa. O endereço é https://gigsummit.com.br/cadastro/


 

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