17/12/2021 às 11h50min - Atualizada em 05/01/2022 às 00h10min

Pais de pets são um dos públicos responsáveis pelo novo boom no setor imobiliário em 2021

Segundo CEO da Datastore, nos próximos dez anos, as pessoas comprarão muito mais coleiras do que mamadeiras

SALA DA NOTÍCIA Agência Pub
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Engana-se quem ainda acredita que lugar de pet é do lado de fora da casa, cuidando da segurança de seus donos. Mais do que isso, além do conceito de animal de estimação ter mudado nos últimos anos, a procura por um companheiro pet, que já era grande, também saltou nos lares brasileiros durante a pandemia, fazendo com que o mercado imobiliário e espaços de lazer das cidades necessitassem se reestruturar para receber os famosos “pais de pet”.
No começo do século XXI, o conceito de animal de estimação mudou e hoje dentro do mundo pet, cães, gatos, calopsitas, jabutis e outras espécies, ganharam não só o coração, mas os espaços que até então eram apenas ocupados pelos seus donos. Segundo estudo feito pelo Instituto Pet Brasil, em 2020, o número de animais no país, passou de 140 milhões e um dos principais motivos do crescimento em tão pouco tempo foi o isolamento social, que fez com que as pessoas passassem mais tempo em casa e longe dos amigos e da família, assim sentindo a necessidade de ter uma companhia. Além disso, de acordo com a pesquisa Radar Pet, realizada em 2021, 30% dos pets foram adquiridos durante o período de isolamento social e 23% dos tutores o fizeram pela primeira vez.
Mercado muda para acolher os pets
O número de residências que possuem um pet só aumenta. Para o CEO e fundador do Datastore, Marcus Araujo, os pais de pets são um dos públicos responsáveis pelo novo “boom” no setor imobiliário em 2021. “A tendência é que uma parte dos casais já não tenha filhos humanos, mas sim pets, que são tratados com a mesma atenção e carinho. Nas famílias brasileiras de classe média, a quantidade de pets já é o dobro do número de filhos. Nos próximos dez anos, as pessoas comprarão muito mais coleiras do que mamadeiras, ou seja, terão mais animais de estimação do que crianças nas casas”, comenta Marcus.

Esse público, atualmente, busca imóveis que tenham além do conforto já exigido, áreas de recreação para os bichinhos. E foi justamente por isso que a Vitacon, uma das maiores incorporadoras do Brasil, sentiu a necessidade de reservar um espaço pet friendly dentro de seus empreendimentos para o lazer desses animais.  Ariel Frankel, CEO da Vitacon, explica que desde 2018, o pet place passou a ser um item obrigatório em todos os projetos da empresa e que até hoje já foram construídos 21 empreendimentos com o espaço. “Dentro das áreas pet friendly temos um espaço desenvolvido para circuitos, bebedouros com acionamento feito pelas patinhas, mobiliários com caminhas para o descanso e lixeiras para resíduos dos animais. É um espaço que reservamos para que eles possam se divertir, ter um tempo de qualidade com os seus donos e até socializar com outros animais”, afirma.  
Por outro lado, além do setor de construção civil, áreas de lazer, sejam públicas ou privadas, também vêm se adaptando para atender esse público.  Diversos parques da cidade já possuem um cachorródromo. Os shoppings também entram na lista de empreendimentos que estão proporcionando espaços recreativos para os pets. É o caso do Shopping Parque da Cidade, na zona sul de São Paulo, que inaugurou recentemente o Parque do PET. O ambiente instagramável oferece piscina de bolinhas, circuito agilite, bebedouros e painéis de fotos, tudo pensado para levar mais distração aos animais e tutores em um espaço de 122 m².
“Hoje em dia, os pets são membros da família. Por isso, gostaríamos que esse público também tivesse uma opção de lazer aqui no Parque da Cidade. O Parque do Pet é muito mais que uma opção de diversão para os animais, proporcionando um momento de alegria, relaxamento e maior interação entre o dono e seu companheiro de quatro patas”, finaliza Stella Pinheiro, gerente de marketing do Shopping Parque da Cidade.
Enquanto os pais de pet buscam novas formas de lazer para usufruir com seus animais de estimação, os empreendedores também podem aproveitar as novas demandas como um diferencial positivo para se destacar no mercado. Os empreendimentos que não se adequarem a essa nova exigência dos clientes, podem ser preteridos pelos seus consumidores.

 
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