07/01/2022 às 11h04min - Atualizada em 07/01/2022 às 10h52min

Empresária Thaina Zanholo fecha parceria com astro da NBA para lançar marca de Cannabis no Brasil

SUAIMPRENSA - cidadenoar.com
Divulgação
 

O ex-jogador de basquete Baron Davis se junta à Nowdays com a proposta de quebrar os paradigmas que cercam os produtos à base cannabis no Brasil

O astro da NBA Baron Davis se tornou o mais novo sócio da Nowdays, empresa e plataforma de conteúdo fundada pela empresária paulistana Thaina Zanholo, de 28 anos, que tem como objetivo quebrar os paradigmas acerca da cannabis no Brasil. Além do conteúdo informativo, a empresa pretende lançar acessórios de lifestyle no próximo dia 8 de dezembro, e produtos à base de canabidiol(CBD) — substância extraída da planta — a partir de julho do ano que vem.

Há sete anos nos Estados Unidos e com experiência no setor da indústria americana que faz produtos à base de Cannabis, Thaina Zanholo afirma que a chegada do ex-jogador de basquete traz uma validação social para a marca. “No Brasil, tudo relacionado à cannabis ainda é visto com muito medo e preconceito. Entretanto, quanto celebridades como Baron Davis se engajam na temática, ela se torna mais forte e as pessoas começam a olhar para a planta de forma mais normal. Quem vê a pauta de uma maneira negativa começa a repensar sobre o assunto”, pontua.

Além disso, devido a legislação brasileira, que ainda não permite o desenvolvimento nacional de produtos à base de cannabis, a chegada de Baron Davis também facilita a cadeia produtiva da marca, que acontece nos Estados Unidos. “Ele introduz a gente para muitas pessoas importantes na Califórnia, funcionado como um intermediador com as fábricas, fazendas e toda logística necessária para que esse projeto seja viável”, diz Thaina.

Avanços

Apesar de no Brasil os produtos à base de canabidiol (CBD) serem liberados apenas para fins medicinais, mediante receita médica de controle especial, a empresária tem esperança de trazer produtos para o país, assim que a legislação permitir. “O brasileiro ainda tem na mente que tudo relacionado à cannabis é maconha, pra fumar, justamente por isso introduzimos a marca como uma plataforma de conteúdo. A ideia é, aos poucos, importar CDB de acordo com o avanço da lei. No momento, é permitido importar CBD, então é isso que iremos fazer nos próximos anos. A fabricação se mantém na Califórnia, e os produtos não seguirão para distribuição interna, sendo importadas apenas para o consumidor final”, esclarece.

A expectativa de Nowdays é trazer desde óleos de CBD, usados no tratamento de ansiedade, até produtos cosméticos como balmes e lubrificantes. “Já é viável, mas não é barato. Estamos falando de um cenário de comercialização e exportação. É preciso avançar na discussão para que o Governo entenda que precisa haver uma distribuição interna e mais marcas engajadas no cenário brasileiro para facilitar o acesso da população a esses produtos, que são feitos com base do extrato da planta, da mesma forma que os à base de lavanda, menta ou girassol, por exemplo”.

Preconceitos

Apesar de considerar que há um avanço relativamente rápido na discussão acerca de produtos que usam cannabis na fórmula, Thaina Zanholo pontua que a questão é cultural. “Existe uma resistência absurda e é exatamente por isso que começamos como plataforma de conteúdo há seis meses. O Brasil ainda atrela à maconha ao tráfico e ao racismo. Nosso maior foco é quebrar todo esse estigma e essa história de centenas de anos atrelada à maconha. Quebrando esses preconceitos, é possível desatrelar essa planta das drogas e criminalidade e assim tratar a cannabis como outros países já tratam, como uma inovação”, diz.


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