24/02/2022 às 16h51min - Atualizada em 25/02/2022 às 00h01min

Nomadismo Digital: estilo de vida que veio pra ficar, impacta mercado imobiliário

Trabalhar de qualquer lugar do mundo com acesso à internet criou uma nova demanda para o setor, que deve se adaptar

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A necessidade do isolamento social, atrelado a Covid-19, provocou mudanças em diversos setores, inclusive nas configurações dos modelos de trabalho. Com o formato do home office, a relação entre a vida profissional e o lazer foi estreitada, o que fortaleceu o chamado nomadismo digital, conceito definido por um estilo de vida que busca associar o ato de viajar e trabalhar remotamente, que passou a ser visto de maneira mais positiva durante a pandemia. 

Essa tendência, que tem tudo para se manter no mundo pós-pandêmico, refletiu no setor imobiliário, estabelecendo uma alternativa possível para quem deseja contratos de locação por curtos períodos, contratos mais flexíveis e alta rotatividade. A casa se tornou um lar temporário, local de trabalho e estadia turística, tudo no mesmo ambiente. Além disso, esse estilo de vida impulsiona o turismo nas cidades, permitindo que investidores mantenham imóveis apenas para locações por curto períodos.

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios COVID-19, divulgada pelo IBGE, aponta que em novembro de 2020 havia 7,3 milhões de brasileiros trabalhando remotamente. Em nível internacional, as estimativas são que esse número chegue a um bilhão até 2035.

“A tendência do nomadismo digital abre caminhos para que novos negócios possam surgir, com ambientes projetados para esse tipo de público e preços adaptados, que podem gerar bastante rentabilidade. Com certeza é um momento para pensar fora da caixinha e colocar as ideias em prática para suprir esse mercado”, alerta Luiz Cervi, CEO e cofundador da maior plataforma de dados imobiliários da América Latina, EEmovel.

Para Luiz, além da possibilidade, ou obrigatoriedade, de trabalho remoto, aderir ao nomadismo digital também implica em ter condições financeiras para tal e, obviamente, não é para todos, mas a tendência é que o conceito continue sendo cada vez mais aderido mesmo após a pandemia. “Essa nova maneira de existir no mundo, sem fixar raízes, é uma marca da nova geração. Os jovens adultos, atualmente, demoram mais a se casar e ter filhos, ou optam por nenhum dos dois. Existe também essa tendência de encontrar um significado para o trabalho, não simplesmente pagar as contas e tentar viajar uma vez ao ano. O jovem tem escolhido a liberdade de viver aventuras a qualquer dia da semana”, comenta Luiz.


 
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