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22/03/2022 às 18h42min - Atualizada em 23/03/2022 às 00h01min

Presidente da Eletrobras diz estar confiante em desestatização

Em coletiva à imprensa, Rodrigo Limp disse que o cenário de conflito entre Rússia e Ucrânia e de possível desvalorização de ações da empresa não devem afastar os investidores.

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O cenário externo de conflito entre Rússia e Ucrânia e possível volatilidade e desvalorização das ações da Eletrobras e das empresas do grupo não deve afastar os investidores nem afetar o processo de privatização da empresa do setor elétrico, disse hoje (22) o presidente da estatal, Rodrigo Limp, em coletiva online à imprensa.



Segundo ele, o cronograma está mantido e prevê concluir o processo de privatização em 13 de maio.




“A Eletrobras é um ativo de longo prazo. A gente trabalha com a expectativa de que haja interesse grande na capitalização da empresa”




Para a desestatização da empresa, existem etapas internas e externas a serem cumpridas. Entre as fases internas, Limp citou a preparação e publicação da oferta, tratativas com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e realização de roadshow financeiro (reuniões com potenciais investidores). Externamente, ele citou a aprovação do trâmite pelo Tribunal de Contas da União (TCU).



Ao comentar o risco de concentração de mercado na área de geração de energia, com a passagem da participação de 30% das mãos do Estado para a iniciativa privada, Limp argumentou que a Eletrobras vai deixar de ser controladora de Itaipu e de Eletronuclear, o que já diminui o percentual de geração.



Ele também lembrou que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) tem a função de impedir essa concentração de mercado.



”A regulação está aí para impedir qualquer efeito de concentração de mercado no setor elétrico. Hoje não temos essa visão”. E completou: “Confiamos na regulação do setor para garantir o bom funcionamento do mercado”.



Angra 3



Em relação à Usina Nuclear Angra 3, o presidente da Eletrobras disse que a companhia tem feito investimentos no chamado Plano de Aceleração do Caminho Crítico. A próxima etapa é a definição da tarifa pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), após a conclusão dos estudos pelo BNDES. A data prevista para a conclusão da usina foi adiada em um ano, de novembro de 2027 para novembro de 2026.



Considerando as sanções impostas pela comunidade internacional a empresas russas, Limp foi questionado sobre o memorando de entendimento de Angra 3 com a Companhia Estatal de Energia Nuclear da Rússia (Rosatom), incluindo a perspectiva de participação da empresa russa, no consórcio construtor.



Segundo ele, não há informação sobre a participação da Rosatom no consórcio, porque é um processo que ainda vai ser construído em função da definição da tarifa. Limp informou também que a transferência do controle de Itaipu e da Eletronuclear, já aprovada pela Aneel, só será concluída após a desestatização da Eletrobras.



Provisões



O presidente da estatal também comentou o resultado da empresa em 2021, em que obteve lucro 11% menor que o de 2020.  Segundo ele, a queda foi resultado de provisões operacionais, que tiveram aumento líquido de R$ 7,519 bilhões, com destaque para o aumento de R$ 10,8 bilhões relativos ao empréstimo compulsório.



Segundo ele, a atual gestão da Eletrobras vem aprimorando os critérios de provisionamento e tem expectativa de que as decisões judiciais agora sigam os posicionamentos da empresa. No caso de decisões desfavoráveis, ele informou que a empresa terá de fazer provisões, e admitiu que há uma quantidade grande de ações, em diversos tribunais.




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-03/presidente-da-eletrobras-diz-estar-confiante-em-desestatizacao
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