12/04/2022 às 16h57min - Atualizada em 13/04/2022 às 00h20min

Trading amplia atuação nos EUA de olho no mercado canadense e americano

Canadá, um dos dez maiores importadores do mundo, anunciou que passará a comprar carne bovina e suína do Brasil. “Isso mostra como podemos atender os mais sofisticados destinos consumidores”, afirma Matias Hees, CCO da empresa

DINO
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O Canadá decidiu no dia 14 de março abrir suas portas para as carnes bovina e suína do Brasil. Antes mesmo do anúncio, porém, a Garra International, empresa de trading que conecta as pontas da cadeia de suprimentos de proteína animal, já estava de olho nessa oportunidade. Basta dizer que ela está prestes a abrir seu primeiro escritório nos Estados Unidos, na Flórida, cujo mercado é bastante semelhante ao canadense.

"A abertura deste escritório serve a diversos propósitos. Primeiro, para aumentar nossa inserção e participação nas compras nos Estados Unidos. Segundo, para nos aproximarmos de seu setor financeiro, o que poderá impulsionar nosso crescimento", afirma Matias Hees, CCO da Garra International. "Finalmente, serve para suportar a expansão de nossos negócios para o Canadá, para o qual já comercializamos carne de frango - em volume pequeno, é verdade, mas com grande potencial de crescimento".

Parte da operação nos EUA servirá ainda para sustentar o avanço da Garra na América Latina. A companhia já exporta para países como México, República Dominicana, Colômbia e Panamá, mas fortalecer a sua posição faz parte de sua estratégia. Esses mercados, hoje, representam US$ 36 milhões de seu faturamento.

Segundo Hees, o Canadá, bem como os EUA, trabalha por regime de cotas de importação. No caso da carne bovina, ela é utilizada principalmente para a produção de alimentos manufaturados de alto valor agregado. Já a carne suína é direcionada ao consumo em restaurantes e para indústrias processadoras, como costelas, fatiados e cubados.

"Para o Brasil, comercializar para países que exigem status sanitário e industrial dos mais avançados mostra como podemos atender os mais sofisticados destinos consumidores", diz Hees. "Pretendemos vender para Canadá e EUA produtos originados da Austrália, como cordeiros, do Uruguai e do próprio Brasil, em especial bovinos".

Em 2021, o Canadá importou 250 mil toneladas de carne bovina e 270 mil de carne suína - números que o colocam entre os dez maiores do mundo. Já os Estados Unidos importaram, respectivamente, 1,37 milhão e 445 mil toneladas. O Brasil, em contrapartida, exportou 1,87 milhões e 1,1 milhão de cada produto.

No mesmo ano, o Canadá consumiu 1,2 milhão de toneladas de carne bovina e 910 mil de carne suína. Já os Estados Unidos, consumiram, respectivamente, 12 milhões e 9,6 milhões de toneladas - o país é o maior consumidor de carne bovina no mundo.



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