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26/08/2022 às 16h29min - Atualizada em 27/08/2022 às 00h16min

Vendas do Tesouro Direto atingem maior nível em mais de três anos

Vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet somaram R$ 4,01 bilhões em julho. O volume é o segundo maior da história para um mês, perdendo apenas para maio de 2019 (R$ 5,86 bilhões).

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As vendas de títulos públicos a pessoas físicas pela internet somaram R$ 4,01 bilhões em julho, divulgou hoje (26) o Tesouro Nacional. O volume é o segundo maior da história para um mês, perdendo apenas para maio de 2019 (R$ 5,86 bilhões).



Os títulos mais procurados pelos investidores foram os corrigidos pela Selic (juros básicos da economia), cuja participação nas vendas atingiu 49,4%. Os títulos vinculados à inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) corresponderam a 37,7% do total, enquanto os prefixados, com juros definidos no momento da emissão, foram 12,9%.



A expectativa de que a taxa Selic pare de subir diminuiu o interesse dos investidores por esse tipo de papel. Em junho, as vendas desses títulos estavam em 55,3%. Em contrapartida, as vendas de papéis prefixados, que representavam 31,8% em junho, tiveram forte alta.



Desde março de 2021, o Banco Central (BC) tem elevado a Selic. A taxa, que estava em 2% ao ano, no menor nível da história, saltou para 13,75% ao ano de lá para cá. A última ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que as elevações estão próximas de acabar.



O estoque total do Tesouro Direto alcançou R$ 96,45 bilhões no fim de julho, aumento de 2,5% em relação ao mês anterior (R$ 94,07 bilhões) e de 42,1% em relação a julho do ano passado (R$ 67,89 bilhões). Essa alta ocorreu porque as vendas superaram os resgates em R$ 1,74 bilhão no mês passado.



Investidores



Em relação ao número de investidores, 535.983 novos participantes se cadastraram no programa no mês passado. O número total de investidores atingiu 20.028.345. Nos últimos 12 meses, o número de investidores acumula alta de 67,6%. O total de investidores ativos (com operações em aberto) chegou a 2.039.876, aumento de 27,7% em 12 meses.



A utilização do Tesouro Direto por pequenos investidores pode ser observada pelo considerável número de vendas de até R$ 5 mil, que correspondeu a 82,3% do total de 648.492 operações de vendas ocorridas em julho. Só as aplicações de até R$ 1 mil representaram 59,1%. O valor médio por operação foi de R$ 6.178,38.



Os investidores estão preferindo papéis de curto prazo. As vendas de títulos com prazo entre 1 e 5 anos representaram 71,9% e aquelas com prazo entre 5 e 10 anos, apenas 3,5% do total. Os papéis de mais de dez anos de prazo representaram 24,6% das vendas.



O balanço completo do Tesouro Direto está disponível na página do Tesouro Transparente.



Captação de recursos



O Tesouro Direto foi criado em janeiro de 2002 para popularizar esse tipo de aplicação e permitir que pessoas físicas pudessem adquirir títulos públicos diretamente do Tesouro Nacional, via internet, sem intermediação de agentes financeiros.



O aplicador só precisa pagar uma taxa semestral para a B3, a bolsa de valores brasileira, que tem a custódia dos títulos. Mais informações podem ser obtidas no site do Tesouro Direto.



A venda de títulos é uma das formas que o governo tem de captar recursos para pagar dívidas e honrar compromissos. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor com um adicional que pode variar de acordo com a Selic, índices de inflação, câmbio ou uma taxa definida antecipadamente no caso dos papéis pré-fixados.




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-08/vendas-do-tesouro-direto-atingem-maior-nivel-em-mais-de-tres-anos
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