No dia 27 de agosto comemora-se o Dia do Psicólogo, um profissional que deve estar presente na vida dos concurseiros. Apesar da importância dos professores para o aprendizado, a ausência do psicólogo nesse processo pode ser prejudicial para o candidato. Isso porque lidar com o psicológico durante a preparação e, principalmente, na hora da prova, é um grande desafio, e por mais bem preparado tecnicamente que o candidato esteja, a falta de controle das emoções pode comprometer completamente o desempenho. Todo o processo, do estudo à aprovação, envolve muita pressão psicológica. Para explicar a importância dos cuidados com a saúde mental, a especialista do Gran Cursos Online, Psicóloga e primeira brasileira a cuidar dos concurseiros, Juliana Gebrim, fez um panorama sobre os cuidados que os concurseiros devem ter com a mente.
Segundo Juliana, a preparação psicológica é fundamental para qualquer candidato fazer uma prova. “Não adianta ter os melhores cursos e os melhores professores se estiver com questões emocionais abertas. Muitas pesquisas confirmam que cerca de 80% da aprendizagem está atrelada à questão emocional, dependendo da pessoa, isso pode chegar até a 100% e pode pesar muito para o candidato”, afirmou.
Para a psicóloga, a dificuldade de detectar esses quadros pode dificultar ainda mais o caminho para a aprovação. Isso porque cerca de 50% das pessoas que possuem quadros de depressão, por exemplo, não sabem disso e, sem o diagnóstico, acabam não fazendo o tratamento adequado. “Esses distúrbios podem trazer várias questões associadas à falta de concentração, de atenção, memória ruim, falta de foco, e tudo isso atrapalhar de forma intensa a produtividade”.
Ainda segundo Juliana, o candidato pode não estar apto a seguir em frente com a preparação quando aquilo começa a causar um sentimento significativo na vida dele, de forma que ele não consiga progredir, que traga uma estagnação de forma geral, e esse é o momento de procurar ajuda profissional.
Como lidar com questões associadas à parte psicológica?
De acordo com a especialista, o autoconhecimento é sempre o caminho. Entender as próprias emoções e, a partir disso, saber como lidar com a família, com as cobranças, com a comparação, e, principalmente com seus auto sabotadores internos é o que vai fazer a diferença.
“Existem técnicas para lidar com a ansiedade no momento da prova, com o branco, e para entender qual a melhor mentalidade para entrar nessa caminhada de concurseiro. Ou seja, é possível treinar a mente para lidar com essas questões emocionais. Técnicas de ponta como o Grounding, que ajuda a promover o bem-estar por meio do contato do corpo com o ambiente, a EMDR, uma abordagem terapêutica de Dessensibilização e Reprocessamento de traumas, e o Mindfulness, que é uma tática de concentração plena, podem ajudar nesse sentido”.
Trabalhar a parte psicológica é fundamental, seja para controlar a ansiedade na espera por um edital, a pressão dos familiares, a autocobrança e até mesmo a frustração diante de uma reprovação. Esse cuidado pode ser o que vai definir o sucesso de um candidato.