09/09/2022 às 11h37min - Atualizada em 10/09/2022 às 00h02min

Produção industrial sobe 0,6% na passagem de junho para julho

O maior parque industrial do país, o de São Paulo, caiu 0,6% em relação a junho. Percentual significou a segunda maior influência no resultado industrial nacional, atrás da Bahia.

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Segundo o analista da PIM Regional, Bernardo Almeida, medidas que impactam diretamente a cadeia produtiva e o consumo das famílias podem explicar as altas nessas localidades. “A redução do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis e o aumento de benefícios sociais modificam as tomadas de decisões por parte da produção, com tendência de antecipação, devido a essas medidas”, observou.



Minério de ferro



Para o analista, entre as principais indústrias responsáveis pelo crescimento em cada local nas altas de julho, está o avanço no Pará, provocado pelo desempenho da indústria extrativista de minério de ferro.



Outros estados também tiveram destaques. “No Rio de Janeiro, o setor extrativo também é o grande responsável pela alta, mas destacamos o petróleo e gás natural. Em Santa Catarina temos os setores de máquinas e equipamentos e produtos de borracha e material plástico. Já em Mato Grosso, o principal setor que influenciou de forma positiva foi o de alimentos”, informou.



Já os destaques negativos ficaram com o Espírito Santo (-7,8%), o que ampliou a queda de 1,3% em junho; a Bahia (-7,3%), que eliminou o ganho acumulado de 7,6% obtido entre fevereiro e junho; e a região Nordeste (-6%), que teve queda na produção de 6,8% em três meses consecutivos. Já Minas Gerais ficou estável.



“Ainda permanecem efeitos negativos que observamos em divulgações anteriores. Por parte da oferta, o abastecimento de insumos e o encarecimento das matérias-primas, e pelo lado da demanda, inflação alta e juros elevados, causando o encarecimento do crédito. Tudo isso impacta diretamente no consumo das famílias e na cadeia produtiva”, concluiu.



O maior parque industrial do país, que é o estado de São Paulo, caiu 0,6% em relação a junho. Conforme o IBGE, o percentual representou a segunda maior influência no resultado industrial nacional, atrás apenas da Bahia em julho. Para o analista, os setores que mais impactaram negativamente o resultado da indústria paulista foram os de veículos automotores e o  setor de máquinas e equipamentos.



Almeida acrescentou, ainda, que, apesar dos fatores positivos, com as medidas governamentais, ainda permanecem efeitos negativos, como inflação elevada, encarecimento do crédito e das matérias primas e desabastecimento de insumos. “Assim como na indústria nacional, esses fatores também podem ser observados na indústria de São Paulo. Com esse resultado, a indústria paulista está 1,5% abaixo de seu patamar pré-pandemia”, sinalizou.



Julho de 2021



Se comparado a julho do ano passado, o setor industrial registrou queda de 0,5%, com quatro dos 15 locais pesquisados apresentando taxa negativa. Naquele mês, o Espírito Santo teve redução de dois dígitos e a mais acentuada queda (-10,6%), mas Mato Grosso (25,6%) apresentou destaque positivo. “Vale citar que julho de 2022 (21 dias) teve um dia útil a menos que o mesmo mês em 2021”, ponderou o IBGE.



Pesquisa



Conforme o IBGE, desde a década de 1970, que a pesquisa PIM Regional produz indicadores de curto prazo, relacionados ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. “Traz [o estudo], mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e Região Nordeste”.




Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2022-09/producao-industrial-sobe-06-na-passagem-de-junho-para-julho
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