12/12/2022 às 14h15min - Atualizada em 13/12/2022 às 00h09min

Faltam profissionais de marketing para o Agronegócio. Mas o que fazer para resolver essa equação? Com a palavra, os especialistas

Debate foi realizado na 2ª edição do ABMRA Talks, no canal oficial da associação no Youtube

SALA DA NOTÍCIA Texto Assessoria

"Sim, faltam profissionais da comunicação e de marketing com experiência no Agro. É por isso que esse perfil é cada vez mais valorizado, chegando a receber salários acima da média no mercado. Muitas vezes as empresas recrutam jovens recém-formados, com pouco tempo de experiência no ramo para desempenharem funções na comunicação e ganharem salários que demorariam mais de cinco ou seis anos para receber. Enquanto isso, há engenheiros agrônomos, médicos veterinários, zootecnistas ou outros formandos em ciências agrárias ocupando essas funções do âmbito comunicativo. Por que? Devido ao conhecimento técnico". O raciocínio é de Cynthia Isabelle, sócia da Consulting Me, participante da 2ª edição do ABMRA Talks, programa de debates promovido pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro (ABMRA) para discutir grandes temas da sociedade que impactam no Agronegócio sob diferentes pontos de vista.

Além de Cynthia, participou como debatedor Renato Seraphim, CMO da UPL Brasil. A moderação foi de Nicholas Vital, diretor da ABMRA. A conversa discutiu a importância da formação dos novos profissionais de marketing para o Agronegócio, essencial para fortalecer a imagem do setor produtivo.

"Os recrutadores buscam eliminar o paradoxo de buscar comunicadores muito bons, mas com pouco ou nenhum conhecimento do Agro ou contratar especialistas na área, mas que não são da comunicação ou do marketing", reforça a especialista.

"Nós da UPL entendemos que o profissional de marketing necessita de três características importantes para atuar no Agro: a primeira é a visão estratégica – conhecer a melhor forma de se planejar em todos os passos do trabalho; a segunda é a mentalidade empreendedora, pois requer grandes feitos sabendo que não terá uma equipe numerosa à disposição; e, por último, ser um exímio comunicador, para vender os sonhos das agritechs de forma alinhada aos objetivos da corporação", detalha Renato Seraphim.

Como tema central nessa discussão, Seraphim destaca o desafio do Agronegócio em se comunicar com a sociedade em geral, contribuindo para alavancar a imagem positiva do setor possui em âmbito nacional e sua importância para os rumos do país.

"Nós, que estamos no meio, dizemos que somos bons para chegar em quem já está no Agronegócio, mas somos ruins para nos comunicar fora da bolha. Esse é um dos motivos das críticas atribuídas ao campo. O fato é que ainda pecamos em rebater as inverdades que prejudicam o nosso setor", conclui o CMO da UPL Brasil.

Nicholas Vital, diretor da ABMRA, destacou uma mudança comportamental relevante para o Agro. "Vivemos um período diferente para o marketing voltado ao Agronegócio. Já não basta somente vender produtos, mas também transmitir para os consumidores uma imagem positiva. É algo que as novas gerações demandam e está entre nossas atribuições principais responder a esta demanda".

A íntegra da 2ª edição do ABMRA Talks está disponível em: https://bit.ly/3VgjZdJ


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