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O edital da Receita Federal foi publicado. O concurso oferta 699 vagas de nível superior no total, sendo 469 para Analista-Tributário e 230 para Auditor-Fiscal. A remuneração inicial é de R$ 11 mil a R$ 21 mil, respectivamente. O período de inscrições já começou e vai até 19 de janeiro de 2023, exclusivamente no site da banca organizadora a FGV (https://conhecimento.fgv.br/concursos/rfb22) e a taxa de inscrição é de R$ 115,00 para Analista e R$ 210,00 para Auditor. As provas objetivas serão aplicadas no dia 19 de março de 2023.
Os especialistas da edtech Gran Cursos Online, Alexandre Meirelles e Anderson Ferreira fizeram uma análise detalhada do edital e deram dicas de preparação para quem quer ir bem na prova. Segundo os professores, há muitas diferenças deste edital em relação aos últimos, o que já era esperado. Apesar das 699 vagas, os especialistas acreditam que a convocação pode ser muito maior. Isso porque existe uma carência muito grande de profissionais no órgão e o concurso terá validade de dois anos prorrogáveis por mais dois, o que pode ser um sinal de que a convocação será mais expressiva.
Para Anderson, o tempo é muito curto para quem vai começar a se preparar do zero, já que são muitas disciplinas, incluindo questões discursivas, com pouco mais de 3 meses para a prova. Mas, ainda assim, vale a pena fazer a prova pois o concurso da Receita pode ser um pontapé inicial para os concurseiros que estão começando a olhar para a área fiscal. “Passando a Receita, serão vários fiscos em todos os municípios, como os regionais ISS e Sefaz, e o conteúdo da Receita é a espinha dorsal para essas outras provas regionais”.
Confira as dicas de preparação dos especialistas:
1. Segundo o edital, não haverá mais mínimo por disciplina, o que é uma quebra na tradição da Receita. No entanto, há mínimo de 50% nas provas, sendo mínimo de 50% em conhecimentos básicos e 50% em conhecimentos específicos, além de não poder zerar nenhuma disciplina. Isso quer dizer que o candidato deve ter pelo menos um conhecimento mínimo em cada disciplina.
2. O candidato deve ter muito cuidado com o tempo, já que as duas provas, tanto para Analista quanto para Auditor, contam com 140 questões, sendo 80 de conhecimentos básicos, que será aplicada na parte da manhã, e 60 de conhecimentos específicos, que será aplicada na parte da tarde, incluindo uma questão discursiva para o cargo de Analista e duas para Auditor.
3. Na parte da manhã são as provas mais demoradas, como Português, Estatística e Raciocínio Lógico, com apenas 4h30 para resolver as 80 questões. Na parte da tarde será a prova específica, com 4h30 para resolver as questões das áreas de Legislação e Direito e as questões discursivas.
4. Saiu Espanhol, a única opção é Língua Inglesa para os dois cargos. O edital dá a entender que pode cair gramática também, mas o foco maior é em interpretação de texto.
5. O peso da discursiva para Auditor é de 30% da prova, enquanto para Analista é de cerca de 17% a 18%. É um peso muito grande e será determinante na classificação. Por isso é importante que o candidato dê atenção a essas questões e busque estratégias para responder as discursivas.
6. A dica para as questões discursivas, é saber bem o conteúdo, mas também ver a estrutura das discursivas de acordo com o que está no edital e entender a cobrança com base em provas anteriores. Depois de fazer essa análise, o ideal é treinar bastante esse tipo de questão.
7. Outra novidade é a entrada da disciplina Fluência em Dados, que é a área da Tecnologia da Informação, para os dois cargos.
8. Saiu Espanhol, a única opção é Língua Inglesa para os dois cargos. O edital dá a entender que pode cair gramática também, mas o foco maior é em interpretação de texto.
