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10/02/2023 às 15h37min - Atualizada em 13/02/2023 às 00h03min

Sinergia de equipe e cultura organizacional

Por Giselle Mueller Roger Welter*

SALA DA NOTÍCIA Ana Clara Hauy
Crédito da imagem - Freepik
 

Sinergia, do grego Synergía, significa cooperação. Seu significado está atrelado à ação coordenada de vários fatores para a realização de uma função. No âmbito organizacional, é traduzido “matematicamente” como 1+1>2, ou seja, fazer mais com menos. Esse conceito corresponde à quantidade total de energia disponível para a equipe cumprir suas tarefas, seja como efetiva, seja como energia de manutenção, intrínseca. A segunda é fundamental para a coesão do grupo, pois expressa a atratividade dele para cada um de seus membros. Por esse motivo, a configuração de uma equipe adquire grande importância.

 

A cultura organizacional traz a marca da personalidade das lideranças, desde o seu presidente até os executivos de diferentes escalões. Ela pode influenciar a personalidade das pessoas que trabalham no negócio, à medida que recompensa ou evoca certos traços e penaliza outros, selecionando, dessa maneira, determinadas características em detrimento de outras. Gerenciar o clima e a cultura de uma organização é um grande desafio, pois requer o alinhamento dos interesses pessoais com as metas empresariais, a “sinergia organizacional'', com foco em resultados.

 

Ao enfatizar os aspectos socioculturais, ao invés das características e possibilidades do indivíduo, cria-se uma espécie de caráter social que irá influenciar o comportamento do colaborador. A cultura organizacional orienta a percepção das pessoas em relação ao trabalho, como possibilidade de qualidade de vida, realização pessoal e de relacionamento com os coworkers. Entretanto, as organizações pouco fazem em relação à sinergia do colaborador com a equipe ou com a cultura da empresa, deixando por conta dele a responsabilidade pela sua adaptação a esses aspectos.  O foco costuma estar em “com que” ele irá trabalhar e não “com quem” ele irá cooperar.

 

O mundo tornou-se complexo demais, com elevado grau de interdependência, fazendo que a estrutura organizacional dependa de equipes de trabalho coletivamente responsáveis pela consecução dos objetivos organizacionais. É nesse contexto que a formação das equipes e a facilitação do trabalho conjunto requer maior investimento em atividades relacionadas a essa integração e conhecimento mútuo, a fim de alcançar uma adaptação recíproca.

 

As equipes mais eficazes são aquelas com grau moderado de diversidade, não apenas de gênero, raça, idade ou credo religioso, mas de traços de personalidade. No entanto, essa diversidade traz consigo uma heterogeneidade que pode representar um desafio para o trabalho coletivo, pois requer que indivíduos com características de personalidades diferentes se complementem e cooperem. Equipes homogêneas são mais harmoniosas, porém menos criativas e “inteligentes”. 

 

Atualmente, o capital colaborativo de uma empresa passou a ser tão valorizado quanto seu capital intelectual ou financeiro. Nesse contexto, a utilização de instrumentos de avaliação da personalidade, como o HumanGuide, por exemplo, contribui para a promoção da sinergia de equipe e para a prevenção e/ou solução de problemas associados à diversidade e à cultura organizacional. Além disso, também permite planejar ações visando à integração e superação de possíveis obstáculos à cooperação grupal. A interdependência entre os colaboradores justifica o investimento em ações voltadas à promoção do conhecimento interpessoal e ao desenvolvimento de equipes motivadas, afinadas e alinhadas. 

 

*Dra. Giselle Mueller Roger Welter é parceira da Vetor Editora, psicóloga (PUC-SP) e também Especialista em Psicologia Escolar e Educacional.


 
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