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17/02/2023 às 14h57min - Atualizada em 20/02/2023 às 00h04min

Evolução da TI no sistema financeiro cria oportunidades para profissionais da área

Segundo especialista, o crescimento da demanda por segurança, soluções preditivas e novos produtos no setor financeiro deverá manter o mercado aquecido pelos próximos anos

SALA DA NOTÍCIA Du Paulino
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Uma pesquisa recente realizada pelo Finder revelou que o Brasil é o país com mais contas em bancos digitais no mundo. Segundo o estudo, atualmente 43% dos brasileiros possuem uma conta digital e a expectativa é de a marca chegar aos 57% até 2027. 

E essa é uma excelente notícia para os profissionais de Tecnologia da Informação (TI), principalmente para desenvolvedores, cientistas de dados, líderes em agilidade, especialistas em segurança da informação, entre outros, que podem ter uma remuneração 20% acima da média de mercado, de acordo com Gilberto Reis, diretor de operações da Runtalent, empresa especializada em soluções de alocação de profissionais de TI, squads ágeis e gestão de times e projetos que atende quase 100 clientes em mais de 12 segmentos. 

E, mesmo assim, as empresas encontram dificuldade em achar candidatos qualificados para o setor. De acordo com o relatório da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a falta de profissionais na área de TI vem se agravando ao longo do tempo. Atualmente, existem 53 mil pessoas formadas em áreas de tecnologia por ano, porém, anualmente, a demanda por este tipo de profissional é de 159 mil posições. A associação estima que até 2025 exista um déficit de 530 mil talentos no segmento de TI.

Acreditamos que nos próximos anos a oferta de mão de obra ainda será insuficiente para cobrir toda a demanda do mercado. O crescimento da demanda por cibersegurança, soluções preditivas e novos produtos no setor financeiro não parece sofrer desaceleração no curto ou médio prazos”, afirma Gilberto.

Só para trazer um pouco de contexto, até bem pouco tempo, para abrir uma conta bancária ou conseguir um empréstimo, era preciso pagar altas tarifas e enfrentar muita burocracia. Mas uma série de mudanças promovidas pelo Banco Central abriu o mercado e transformou essa realidade. 

Nesse cenário surgem as fintechs — startups do mercado financeiro — que chegaram para reduzir a burocracia dos grandes bancos. Em outras palavras, elas simplificam e desburocratizam a vida financeira das pessoas oferecendo soluções digitais de baixo custo. 

E no Brasil, um país extremamente desbancarizado, as fintechs e bancos digitais encontraram um terreno fértil para crescer de forma exponencial. É só olhar ao redor que você encontrará um vendedor informal ou uma manicure prontos para receber o pagamento via Pix ou cartão. São pessoas comuns que sem essas instituições estariam de fora do sistema financeiro tradicional, porque não têm como comprovar renda e, às vezes, nem endereço, mas que agora têm uma conta digital aberta.

 “Certamente o Brasil está entre os países com maior demanda de digitalização bancária em todo o mundo, tendência que deve se manter por mais alguns anos, por mais que soluções de Inteligência Artificial (IA) e plataformas de aceleração de desenvolvimento de soluções estejam surgindo e se consolidando com alta velocidade”, avalia o diretor de operações da Runtalent.

Segundo o Fintech Report 2022, do Distrito, o Brasil possui pelo menos 1.289 fintechs. O mesmo relatório mostra que dos US$376,4 milhões levantados pelas startups brasileiras em outubro de 2022, as fintechs ficaram com US$250 milhões. Números sugestivos de que o mercado de trabalho em fintechs e bancos digitais ainda segue bastante aquecido e assim deve permanecer pelos próximos anos. “Estes movimentos criaram uma explosão pela demanda de mão de obra de TI, especialmente nos últimos anos e, ao contrário de outros segmentos, ainda vemos um alto nível de aquecimento nesse setor, apesar das incertezas com a troca de governo e cenário internacional desfavorável”, pondera Reis.

Com salários altos, bônus e chance de crescimento rápido, o mercado financeiro tradicionalmente nunca teve grandes problemas para atrair talentos. Porém, parece que o cenário comum da área de tecnologia, em que sobram vagas e faltam profissionais qualificados, chegou também aos bancos e fintechs.


 
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