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14/03/2023 às 17h45min - Atualizada em 15/03/2023 às 00h06min

A força de trabalho feminina e a importância de uma gestão que acolha todas elas

As mulheres são a maioria, e mesmo assim não possuem a devida representatividade no mundo do trabalho, têm salários menores e ainda são as maiores vítimas de todas as formas de assédios. As empresas têm responsabilidade e precisam coibir as desigualdades

SALA DA NOTÍCIA Da redação
Dr. Ricardo Pacheco, médico, presidente da Oncare Saúde e da ABRESST
A força de trabalho feminina e a importância de uma gestão que acolha todas elas
As mulheres são a maioria, e mesmo assim não possuem a devida representatividade no mundo do trabalho, têm salários menores e ainda são as maiores vítimas de todas as formas de assédios. As empresas têm responsabilidade e precisam coibir as desigualdades
As mulheres são a maioria, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número superou em 4,8 milhões o de homens no Brasil. Mesmo assim, não possuem a representatividade que deveriam ter dentro das empresas, principalmente quando se fala em cargos de liderança.
De acordo com o relatório Women in the Workplace 2021, por exemplo, quanto mais alto for o cargo, menor a presença feminina.
Em outra pesquisa do IBGE, de forma geral e sem recortes por níveis, as trabalhadoras brasileiras recebem, em média, 20,5% menos que os homens. Essa discrepância é uma realidade em todos os cargos, com diferentes gravidades. Não deveria ser assim, mas é um fato, pois para se destacar, a mulher tem que ser tecnicamente muito mais qualificada do que o homem que exerça a mesma função. Ao mesmo tempo, tem que dar conta das duplas ou até triplas jornadas de trabalho.
Assim, há muitos desafios para o mundo feminino no ambiente trabalhista, que precisam ser refletidos e bem trabalhados para serem transpostos. Apesar deles, as mulheres têm mostrado cada vez mais força e determinação em buscar seu lugar no mercado de trabalho e ocupar posições de destaque em diversas áreas.
É o que afirma Ricardo Pacheco, presidente da ABRESST (Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho) e da Oncare Saúde: “Apesar de todos os desafios, as mulheres têm demonstrado capacidade e talento para atuar em diferentes setores da economia e ocupar posições de liderança. A inclusão e valorização da diversidade de gênero no mercado de trabalho não apenas é uma questão de justiça social, mas também é fundamental para o desenvolvimento econômico sustentável. A força feminina no trabalho em 2023 continuará a crescer, impulsionada por avanços na igualdade de gênero, uma maior conscientização sobre a importância da diversidade e inclusão no local de trabalho e de uma gestão de saúde e segurança que compreenda suas necessidades”.
As empresas precisam investir no combate ao constrangimento e situações de assédio - e a Cipa tem um papel importante nesse processo  
desrespeito afeta mais o grupo feminino. É o que indica a pesquisa do Instituto Patrícia Galvão, de 2020. Essa investigação, com o objetivo de observar a percepção de mulheres sobre violência e assédio no trabalho, apontou dados alarmantes.
Mais de 40% das entrevistadas já passaram por alguma situação constrangedora, como terem sido xingadas ou serem tratadas com gritos em ambientes corporativos. Na menos que 40% também tiveram supervisões excessivas dos trabalhos executados. Homens somam um percentual de 13% para primeira situação e 16% sobre terem suas tarefas vigiadas de perto de forma exagerada.
Ricardo Pacheco reforça que a força feminina no trabalho é uma realidade cada vez mais presente em diversos setores da economia, e é fundamental garantir que essas trabalhadoras sejam protegidas contra o assédio no ambiente de trabalho. “A prevenção do assédio é uma responsabilidade de todos os colaboradores da empresa, mas a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) tem um papel importante nesse processo, já que é responsável por promover a segurança e a saúde dos trabalhadores, e isso inclui a prevenção do assédio no ambiente de trabalho. Para cumprir essa obrigação, a CIPA deve realizar treinamentos e campanhas de conscientização para os trabalhadores e gestores sobre o que é o assédio, como reconhecê-lo e como agir em caso de ocorrência”.
Além disso, a CIPA também deve estabelecer medidas de prevenção e de combate ao assédio, como a criação de canais de denúncia seguros e confidenciais, a realização de investigações quando ocorrem denúncias e a aplicação de punições adequadas aos assediadores.
O médico reafirma que a prevenção do assédio não é apenas uma obrigação da CIPA, mas de toda a empresa. “Os gestores devem estabelecer políticas claras de prevenção do assédio e garantir que sejam respeitadas. Os trabalhadores também devem ser incentivados a denunciar qualquer forma de assédio que presenciarem ou sofrerem, para que a empresa possa agir rapidamente e de forma efetiva para combater o problema”, completa o presidente da ABRESST e da Oncare Saúde.
Sobre a ABRESST
A Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança no Trabalho é uma entidade civil, de caráter profissional e sem fins lucrativos, com atuação em todo território nacional. É uma entidade que desde 1998 reúne e representa as empresas do setor, evidenciando para a sociedade os esforços que seus associados têm feito para melhorar a qualidade de vida do trabalhador brasileiro.
Reunindo empresas da área de saúde e segurança no trabalho e criando normas e métodos de qualificação dos serviços da categoria, a ABRESST defende legalmente os interesses de seus associados, representando todos com muito empenho e dedicação.
 
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