31/03/2023 às 14h10min - Atualizada em 03/04/2023 às 00h02min

Taxa de desemprego avança para 8,6% em fevereiro

Antonio van Moorsel, estrategista-chefe da Acqua Vero analisa os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua,

SALA DA NOTÍCIA Antonio van Moorsel
"A taxa de desocupação do Brasil registrou nova alta, avançando de 8,4% para 8,6% no trimestre encerrado em fevereiro, de acordo com os dados mensais da PNAD Contínua divulgados pelo IBGE. O resultado, porém, está abaixo da mediana das estimativas, de 8,7%. Em igual período de 2022, a taxa de desemprego estava em 11,2%. Na série com ajuste sazonal, a taxa registrou recuo para 8,5% no período, após nove meses estável entre 8,6% e 8,7%. O rendimento médio real do trabalhador foi de R$ 2.853, aumento de 7,5% em relação ao mesmo trimestre de 2022, e a massa de renda real habitual distribuída totalizou R$ 275,5 bilhões, alta de 11,4% na comparação anual. Em harmonia com os dados do CAGED, a PNAD Contínua sinaliza um mercado de trabalho resiliente e sobreaquecido, mas corrobora a tendência de arrefecimento do emprego, em paralelo à desaceleração da atividade econômica, devido aos juros em patamar contracionista e elevado nível de incerteza. É importante pontuar que a taxa de desemprego se manteve em níveis baixos no passado recente em virtude da queda na taxa de participação dessazonalizada, a 61,7% – o menor nível desde agosto de 2021. Há 4,7 milhões de pessoas a menos no mercado de trabalho comparado ao período pré-pandemia e, caso a força de trabalho estivesse na média histórica anterior à pandemia, a taxa de desocupação estaria entre 10% e 11%. Para 2023, a expectativa é de estabilidade do desemprego, devido à baixa taxa de participação, acompanhada de deterioração do qualitativo do mercado de trabalho e frugal abertura líquida de vagas". Antonio van Moorsel, estrategista-chefe e sócio da Acqua Vero
 
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