São Paulo, maio de 2023 - Com o objetivo de analisar e impulsionar a participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho brasileiro e mapear os desafios atuais das empresas para a inclusão deste grupo de pessoas, a Mais Diversidade, maior consultoria de diversidade e inclusão da América Latina, lança uma pesquisa inédita intitulada “Cenário das pessoas com deficiência no Mercado de Trabalho Brasileiro”.
O estudo demonstra que, além do habitual desafio para a realização de ações intencionais para este público, há um trabalho de conscientização mais básico a ser feito para as pessoas executivas: o seu nível de conhecimento e interesse sobre a realidade das pessoas com deficiência no mercado de trabalho brasileiro pode melhorar significativamente, tendo em vista que o estudo demonstra que mais de 60% da alta liderança sem deficiência respondente desconhece ou não sabe opinar se sua empresa possui planos de desenvolvimento para as pessoas com deficiência.
O estudo também demonstrou que, das pessoas que participaram da pesquisa, 34% das pessoas com deficiência não trabalham no momento, enquanto o percentual para pessoas sem deficiência é de 16%. Os maiores percentuais de pessoas com algum tipo deficiência que não trabalham são para aquelas com deficiência múltipla (42%) e intelectual (50%)".
A pesquisa também aponta uma mudança na consciência e nas prioridades do mercado em relação a atração de talentos com deficiência: de forma diferente da pesquisa realizada em 2017 pelo iSocial, alternativas de remuneração e pacote de benefícios não figuraram entre os maiores percentuais de prioridade, mas sim as ações que aludem a inclusão de pessoas com deficiência no cotidiano.
A respeito do setor de atuação, foi constatado que a maioria das pessoas com deficiência (21%) se concentram em diferentes tipos de indústria. Na sequência das áreas de atuação, as pessoas com deficiência se concentram em Serviços Financeiros (16%), enquanto as sem, em Tecnologia e Consultoria (11% cada).
Além disso, a pesquisa também aponta que apenas 9% das pessoas com deficiência respondentes ocupam cargos de liderança, enquanto as pessoas sem deficiência são 30%. Mais de 80% das pessoas com deficiência exercem cargos de execução, suporte e base.
No que se refere às pessoas com Ensino Técnico completo, 33% das sem deficiência exercem cargo de liderança, enquanto apenas 5% das com deficiência atuam no mesmo nível organizacional. Em 84% e 81% das pessoas com deficiência, com Ensino Superior e Pós-Graduação completa, os cargos que mais aparecem são os de base ou execução e suporte. Para as pessoas sem deficiência esse número cai para 74% e 56%, para cargos de base ou execução e suporte.
Para Thiago Roveri, Diretor de Pesquisas na Mais Diversidade, o estudo revela exatamente o cenário atual do Brasil e aponta direcionamentos para a atuação das empresas. “A partir de levantamentos como esses, conseguimos identificar as regiões em que um maior número de pessoas com deficiência mora, os setores em que elas mais trabalham e seu nível de escolaridade. Além dessa visão demográfica, os resultados trazem luz às prioridades que podem ser trabalhadas pelas empresas, mas também pelos profissionais de diversidade, ESG e direitos humanos, ficando mais fácil identificar os pontos falhos e trabalhar neles para a maturação dessas pessoas no mercado de trabalho”, completa Roveri.
O estudo contou com a participação de 850 pessoas, das quais 59% são pessoas com deficiência. Para acessar o estudo completo, clique aqui
Sobre a Mais Diversidade
A Mais Diversidade é a maior consultoria de diversidade e inclusão da América Latina, com foco em consultoria no Brasil e países da região para apoio na definição de objetivos estratégicos, engajamento de lideranças, revisão de políticas, monitoramento de KPIs, além de treinamentos, pesquisas, censos e recrutamento e seleção. A partir de pesquisas ou necessidades identificadas pelas organizações, a Mais Diversidade traça um planejamento estratégico para contratação, desenvolvimento e retenção de talentos diversos representantes de grupos minorizados, a exemplo de mulheres, pessoas negras, com deficiência, LGBTI+, indígenas e de diferentes gerações.
