30/10/2023 às 16h48min - Atualizada em 31/10/2023 às 00h00min

O valor de impulsionar talentos negros: conheça 5 organizações que constroem e fomentam oportunidades para pessoas pretas

Segundo pesquisa, 89% das empresas trabalham a questão racial nos programas de D&I e 95% colocam as questões de gênero em lugar de protagonismo

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Desde vagas afirmativas à oportunidades de desenvolvimento de curto à longo prazo, muitas são as organizações que estão alinhadas com impacto social, retenção e capacitação de talentos negros. São programas de mentorias, masterclass, treinamentos e outros projetos focados em contribuir para o aumento de pessoas pretas nas empresas e cargos de alta gestão, para além de estágio e trainee.

De acordo com o estudo da Blend Edu, HRTech e ESGTech, 89% das empresas trabalham a questão racial nos programas de D&I e 95% colocam as questões de gênero em lugar de protagonismo. Logo, todo o trabalho de base visa englobar esses dois marcadores sociais, como foco em oportunidades interseccionais. 

Conheça abaixo 5 iniciativas de organizações que promovem oportunidades para pessoas pretas: 

Instituto Capacita-me
Fundado pela empresária Rachel Maia e sua irmã Márcia Maia, o Capacita-me, é um projeto direcionado a pessoas em situações de vulnerabilidade socioeconômica, dispostas a desenvolver suas carreiras em dois principais pilares de atuação: educação e empregabilidade. Através de networking com empresas, profissionais facilitadores e voluntários, os envolvidos são incentivados a potencializar conhecimentos e habilidades, sem negligenciar suas trajetórias de vida. 

“Sempre acreditei no poder que a educação, aliada a propósitos reais e humanizados podem corroborar para a transformação social. O capacita-me é o meu projeto de vida, a personificação do compromisso que fiz comigo mesma de impulsionar novas sementes e mitigar essa sociedade desigual”, comenta Rachel Maia.  

Conselheira 101
O Conselheira 101 é um programa sem fins lucrativos, que tem por objetivo ampliar o conhecimento de lideranças femininas negras e indígenas sobre o papel dos Conselhos de Administração e incentivar o networking das participantes com a comunidade de governança corporativa. Idealizada por um coletivo de mulheres, a iniciativa surgiu de reflexões de diferentes grupos sobre os mesmos temas: como tornar os Conselhos de Administração mais diversos sob a perspectiva étnico-racial e como dar visibilidade a mulheres negras e indígenas que já possuem as qualificações necessárias para ocupar assentos nos Boards.
“Desde o início do Conselheira 101, em 2020, já conseguimos impactar 105 executivas negras e indígenas, sendo que 47% das participantes conquistaram posições em Conselhos e também Comitês de Assessoramento. Além disso, 50% tiveram, também, relevantes movimentações em suas carreiras executivas. O nosso objetivo é impactar cada vez mais essas mulheres, que estão prontas para ocupar qualquer posição no mercado de trabalho”,  declara Elisangela Almeida, co-fundadora do Conselheira 101.   

Reprograma
Iniciativa de impacto social que foca em ensinar programação para mulheres em situação de vulnerabilidade social e econômica, priorizando negras, trans e travestis. Desde a sua fundação, em 2016, assume a missão de diminuir a lacuna de gênero no setor de tecnologia, por meio da capacitação profissional. A associação sem fins lucrativos já sensibilizou mais de 4 mil mulheres, das quais mais de 2 mil se tornaram alunas, sendo que 71,7% se autodeclaram pretas ou pardas e 10% trans e/ou travestis.  Além disso, 75% das mulheres que passaram pelos cursos estão empregadas na área de tecnologia, e até o final deste ano, a expectativa é formar 440 profissionais e obter uma taxa de empregabilidade superior a 85%.
De acordo com Nadja Brandão, Diretora Executiva da , a mudança só acontece por meio de investimentos e comprometimento coletivo de longo prazo. “Como mulher negra, o meu propósito de vida é apoiar a transformação de mulheres, oferecendo recursos e novos caminhos para que alcancem voos cada vez mais altos e permaneçam lá. Precisamos de organizações internacionais e políticas públicas de qualidade, garantindo que exista um projeto para garantir o acesso de todas à educação”, conta. 

Scooto
Central de atendimento que transforma o relacionamento entre pessoas e empresas, já possui 40% de mulheres negras em cargos de liderança e, até 2025, pretende chegar a 56%. Por meio de uma relação de trabalho humanizada, pautada na confiança e autonomia, a empresa segue os pilares de inclusão, de pertencimento e de protagonismo.
Para Natany Luiz, mulher negra e Líder de Relações Institucionais da Scooto, há inúmeras barreiras políticas, sociais e culturais que precisam ser superadas para o avanço das mulheres negras nas organizações. “Por isso, acredito que é importante olhar para esses corpos, reconhecer potencial intelectual e identificar a capacidade de contribuição, além de oferecer oportunidades de desenvolvimento, ao invés de optar por excluí-las por não possuir qualificações técnicas específicas”, comenta.

Ebony English
Com intuito de potencializar o ensino de línguas, a escola premium, Ebony English, nasceu com o propósito de mesclar diversidade e tecnologia a partir do ensino da língua inglesa, auxiliando no resgate cultural da população negra ao ensinar um novo idioma com base na história e cultura afro diaspórica. A instituição desenvolve metodologias e dinâmicas para tornar o processo de aprendizado informativo, lecionando com número de alunos reduzido por turma conforme padrão internacional de escolas não massivas.
Segundo Marta Celestino, CEO da Ebony English, o objetivo é proporcionar o crescimento profissional. “Em um mercado global e competitivo a habilidade de se comunicar em inglês abre portas para o desenvolvimento. As organizações têm cada vez mais solicitado inglês para os candidatos, logo temos o objetivo de auxiliar essas pessoas a se destacarem e fomentar o ensino de idiomas com resgate cultural”, comenta.   



 

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