01/03/2024 às 13h27min - Atualizada em 04/03/2024 às 00h00min

Inteligente antes de bonita

Por Cami Figueira

HM Marketing Digital
Divulgação

"Além de bonita é inteligente”, essa frase me foi dita por um magistrado, um juiz representante do Poder Judiciário, cujo dever é promover e zelar pelos direitos humanos previstos na Constituição, durante o processo de audiência de um cliente, quando atuei como advogada, em uma época a qual pouco se falava do papel e da importância das mulheres em nossa sociedade, mas ainda assim, a citação me gerou profundo incômodo a ponto de me posicionar imediatamente a respeito da conduta do juiz. 

Mas esse é, infelizmente, mais um relato entre muitos em que nós mulheres precisamos enfrentar no ambiente de trabalho. No último relatório Women in the Workplace, produzido pela McKinsey em parceria com a LeanIn.Org, mostra que as mulheres estão duas vezes mais propensas a sofrerem microagressões - pequenas  atitudes para diminuir o outro no ambiente de trabalho - em comparação com os homens. 

Apesar da distância para a alcançar a equidade de gênero, seguimos ambiciosas, ainda que muitas vezes sejamos preteridas a alçar novas posições na carreira. Nove em cada dez mulheres com menos de 30 anos querem ser promovidas. O levantamento indica que nunca tivemos tantas mulheres em cargos de liderança. Hoje elas ocupam 28% dos cargos de liderança.  Ainda segundo o relatório, para cada 100 homens promovidos a gestores, em menor número, 87 delas conquistam a mesma posição. Neste contexto, as mulheres negras em início de carreira são as que menos conseguem progredir, apenas 54 delas alcançam um novo nível. 

Outro estudo, conduzido pela Harvard Business Review, aponta que elas são líderes melhores durante uma crise. A liderança feminina também é mais eficiente no engajamento das equipes. Elas também geram mais receita, de acordo com a análise da Peterson Institute for International Economics, que entrevistou 21 mil representantes de empresas globais, identificou que o comando delas pode elevar um acréscimo de 15% na margem dos lucros.

Os indicadores trazidos pelos estudos, todos eles apontam, para uma única direção, que nós mulheres podemos ir além das estatísticas. Embora tenhamos evoluído em relação aos direitos das mulheres, ainda há um longo caminho a ser percorrido. As conquistas até aqui para muitas de nós foi a duras penas, mas ainda há muito pela frente 

No entanto, à medida que galgamos novos espaços não apenas no mercado de trabalho, mas também em nossa sociedade, na política, nos esportes e cada vez que uma de nós se destaca, ela se torna uma referência para e pode encorajar muitas outras, assim como em influenciar novas gerações a seguirem em busca de uma sociedade mais justa para todos. 

Cami Figueira é CEO da HM Marketing Digital, empresa de educação corporativa voltada para líderes e empresários que desenvolvem ou buscam atuar no setor de  produtos e serviços de alto valor agregado. Graduada em Direito pela Universidade Candido Mendes, pós-graduada em Direito Imobiliário e Direito de Família pela Universidade Veiga de Almeida, do Rio de Janeiro, e possui especialização em Planejamento Estratégico pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), e em Negócios pela PUC no Rio Grande do Sul. 

Ao longo da carreira, em 2017, ela atuou em escritório de advocacia e na busca de conhecimento e desenvolver novas habilidades, em 2019, encontrou no marketing digital uma forma de empreender e ajudar outros negócios. Em 2020, em meio a pandemia e ao nascimento da sua filha, Cami iniciou um processo de transição na profissão e passou a atuar como especialista em digital. Pouco tempo depois, em 2022, conheceu o fundador da HM Marketing Digital, Henrique Marinho, e vislumbrou o potencial de negócio da empresa. Ela que iniciou na área de Vendas, em três meses passou a ocupar a posição de gestora e, pouco depois, assumiu a posição de CEO da HM Marketing Digital.


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