05/12/2023 às 13h03min - Atualizada em 05/12/2023 às 16h00min

Toti cresce número de alunos migrantes e refugiados em mais 330%

Acelerada pelo BNDES Garagem, programa executado pelo Consórcio AWL, startup expandiu alcance, chegando a 20 estados brasileiros. Faturamento aumentou em 100% após participação

BNDES Garagem
Crédito/Divulgação Toti

Incentivar o ensino e a inclusão de pessoas refugiadas e migrantes no mercado de trabalho de tecnologia é a missão da Toti, startup de impacto social acelerada em 2021 pelo BNDES Garagem, programa desenvolvido pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e executado pelo Consórcio AWL (Artemisia, Wayra e Liga Ventures). Com formação gratuita voltada para o desenvolvimento profissional, a Toti já apoiou mais de 1000 pessoas, impactando mais de 3 mil familiares, ao oferecer a capacitação e busca por vagas existentes na área da tecnologia para refugiados e migrantes. Atualmente, 108 milhões de pessoas vivem em situação de migração pelo mundo, de acordo com a Acnur (Agência da ONU para Refugiados). Somente no Brasil, mais de 2 milhões de refugiados e migrantes buscaram abrigo, a maioria da Venezuela, Portugal, Haiti, Bolívia e Argentina.

Desde a participação no programa do BNDES, a startup cresceu 332% em número de alunos e mais de 100% em faturamento, alcançando 20 estados brasileiros, atendendo pessoas de 37 nacionalidades diferentes. Em 2022, participou de uma rodada pré-seed com o CVC do Nubank. 

Fundada em 2018, por Bruna Amaral, CEO; Caio Rodrigues, Executivo de Novos Negócios; Diogo Nogueira, Head Comercial; Eduardo Caldeira; Head de Marketing; e Giulia Torres, Head de Carreira e Aprendizagem, a  Toti nasceu após a participação dos cofundadores em um programa universitário, Enactus, que incentivava jovens a desenvolverem projetos de impacto social. Depois de muita pesquisa, entenderam que a empregabilidade era o maior desafio vivido por quem precisa deixar sua nação rumo a um lugar seguro para viver e passaram a criar um curso de tecnologia para conectar pessoas com as vagas já existentes no mercado de trabalho, após a formação.

“Em 2016, o Brasil bateu recorde de acolhimento de pessoas refugiadas e migrantes, o que nos motivou a conhecer mais a fundo a causa com o objetivo de criar uma solução que levasse benefício direto para esta população. Entendemos que migrantes e refugiados merecem ocupar posições de destaque no mercado de trabalho e a área de tecnologia é bastante promissora para tal”, explica Bruna Amaral, CEO e Co-fundadora da Toti. 

Para ajudar a inserir essas pessoas profissionalmente, os cursos oferecidos pela Toti contemplam áreas com alta demanda no mercado como Python, Suporte Técnico, Front-End, Back-End, Full Stack e Análise de Dados e duram de dois a seis meses.  A seleção conta com 4 etapas: a inscrição, que é aberta sempre que novas vagas são disponibilizadas; a etapa de programação, em que uma breve demonstração do conteúdo abordado no curso é apresentada aos candidatos para que eles possam se preparar para um desafio final proposto, que também conta com uma análise de perfil e teste de linguístico em português. Na sequência, os candidatos passam por entrevista individual e seleção final. Entre os aprovados, 63% se autodeclaram pretos ou pardos; 59% são trilíngues; 31% são bilíngues, 10% são poliglotas; 46% são mulheres; 55% possuem ensino superior completo e 13% possuem pós-graduação.

Com uma atuação relevante no segmento, a startup tem sido reconhecida em prêmios como o  1º Lugar na Categoria ODS 8 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico, em 2022, realizado pela Innovation Latam;  o 2º lugar no BRICS Innovation Summit South Africa e o 3º lugar na Brazil Conference at Harvard & MIT, neste ano. Além disso, a Toti é embaixadora da Organização Internacional One Young World, na qual esteve recentemente no OYW Summit 2023 em Belfast, Irlanda do Norte. “Empreender ao mesmo tempo em que transformamos vidas é a missão da Toti. Queremos cada vez mais contribuir para que migrantes e refugiados tenham uma nova perspectiva e acesso a oportunidades, conectando educação, tecnologia e diversidade”, encerra Bruna Amaral.

 

 


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