08/03/2024 às 18h03min - Atualizada em 09/03/2024 às 00h01min

Como é feita a gestão de funcionários nos modelos de trabalho remoto e híbrido?

Orientadora educacional do curso técnico em Recursos Humanos do Senac EAD destaca os pontos positivos e negativos de cada modelo de trabalho

Aline Oliveira
Senac EAD
Pixabay
Seja pelas constantes novidades tecnológicas, seja pelo impacto da pandemia de Covid-19, o mundo corporativo vem passando, nos últimos anos, por profundas transformações. E, neste universo, destaca-se a área de Recursos Humanos, que tem de lidar diretamente com as consequências dessas mudanças.
A mais impactante delas ocorreu nos próprios modelos de trabalho: se antes os expedientes eram realizados presencialmente, atualmente é possível que os funcionários trabalhem também nas formas remota ou híbrida.
Conforme explica Cristine Freitas de Oliveira, orientadora educacional do curso Técnico de Recursos Humanos do Senac EAD, em decorrência da crise sanitária, houve uma compreensão de que “é possível transformar nossas casas em ambientes corporativos através de uma tela que aproxima pessoas ao redor do mundo”.
Com isso, a especialista pontua que, desde 2020, em um contexto no qual não há mais fronteiras para conhecimento, trabalho e relacionamento entre pessoas, os departamentos de Recursos Humanos precisaram se adaptar para atender as exigências da nova realidade.
“Além de os colaboradores continuarem atuando em suas atividades sem precisar de deslocamento, temos novos fatores como a efetivação de ferramentas tecnológicas que permitiram uma boa comunicação e interação entre as equipes e suas lideranças, apresentando um novo portfólio de soluções que vem sendo ampliadas e melhoradas continuamente”, comenta.
Vantagens e desvantagens de cada modelo
Mas quais seriam as vantagens e desvantagens de gerir equipes no sistema remoto? E no híbrido? É possível traçar essa comparação? Para Cristiane, primeiramente é necessário avaliar fatores como o tipo de negócio da empresa, a cultura organizacional vigente e o modo como a gestão e desenvolvimento de equipes é implementado.
“Analisar o contexto de cada colaborador é essencial para validar os sistemas remoto e híbrido, assim como suas vantagens e desvantagens. A complexidade das relações entre as pessoas sempre existirá e a forma como as organizações humanizam os pontos de contato é que irá definir a qualidade das relações e das entregas no dia a dia do trabalho”, opina.
De qualquer forma, a orientadora indica que há algumas características positivas e outras mais negativas que definem cada modelo de trabalho. No sistema remoto, entre as vantagens citadas estão: a flexibilidade para administrar a rotina, a agenda e o trabalho, assim como a possiblidade de desenvolvimento de novas competências e modelos de aprendizagem no ambiente corporativo. Pelo lado negativo: a necessidade de definir uma pauta diária compreendendo urgências e prioridades, além do enfrentamento a crenças limitantes quanto a possibilidade de desenvolvimento a partir da aprendizagem autodirigida.
Sobre o sistema híbrido, por sua vez, a possibilidade de unir momentos de proximidade física com a flexibilidade de agenda são pontos favoráveis, enquanto a necessidade de organizar e conciliar essa mesma rotina em ambientes diferentes se coloca como importante desafio. “As pessoas tendem a sentir maior exaustão pela rotina mista, uma vez que há uma organização pessoal, familiar e profissional para comprimir a agenda em diferentes ambientes físico e remoto” afirma Cristiane.
Dicas para uma gestão mais eficiente
Abaixo, a especialista do Senac EAD compartilha cinco dicas para uma gestão eficiente das equipes, estejam elas trabalhando remotamente ou de maneira híbrida:
- Segurança emocional: muitas empresas incluíram práticas que refletem na segurança emocional para atingir maior produtividade. Líderes são multiplicadores e precisam, antes de tudo, estar preparados para cuidar de suas equipes;
- Plano de desenvolvimento: ter clareza no plano de desenvolvimento de carreira, desde a contratação até as questões que movem o dia a dia do trabalho, promovem maior retenção de talentos e comprometimento, resultando diretamente em equipes de alta performance;
- Mapeamento dos desistentes silenciosos: chamados pelo termo em inglês quiet quitters, são os colaboradores que desistem silenciosamente, que não estão engajados. Eles devem ser o foco de maior atenção e ações direcionadas a reverter este quadro;
- Feedback: uma das grandes tendências é que os líderes e gestores, cada vez mais, assumam um papel central na gestão de pessoas, atividades antes ligadas mais à área de RH. Dar feedback requer método, empatia e compreensão do cenário da organização, do indivíduo e dos demais stakeholders;
- Sentimento de pertencimento: conforme a pesquisa de 2023 da GPTW (Great Place to Work), a possibilidade do colaborador se conectar verdadeiramente com a missão da organização estimula que eles sejam o “eu verdadeiro”. As pessoas não aceitam mais trabalhar sem a reunião de todos os itens anteriores: segurança emocional, plano de desenvolvimento e um feedback assertivo e contínuo.
Sobre o Senac EAD

Com mais de 77 anos de atuação em educação profissional, o Senac foi pioneiro no ensino a distância no Brasil. A primeira experiência nessa modalidade se deu em 1947 com a Universidade do Ar, em parceria com o Sesc, que ministrava cursos por meio do rádio.

A partir de 2013, com o lançamento do portal Senac EAD, a instituição ampliou a sua atuação em todo o país. Hoje, oferece um amplo portfólio de cursos livres, técnicos, de graduação, pós-graduação e extensão a distância, atendendo todo o Brasil e apoiados por mais de 380 polos presenciais para avaliações. Acesse aqui a programação completa de cursos do Senac EAD.
 
 
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