Freepik.O mercado de sorvetes está em ascensão no Brasil e os empreendedores têm encontrado nas redes sociais o principal canal de atualização. É o que mostra um estudo conduzido pela Fispal Sorvetes, pela Associação Brasileira do Sorvete e Outros Gelados Comestíveis (Abrasorvete), em parceria com a Associação Gaúcha das Indústrias de Gelados Comestíveis (Agagel).
Segundo a pesquisa, intitulada “O Sorvete quer Falar”, 46,5% dos empreendedores do setor buscam nas redes sociais sua fonte primária de conhecimento, seguido de fontes como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e federações da indústria. As microempresas estão entre as que mais buscam esse tipo de capacitação, mas empresas de pequeno, médio e grande porte não ficam para trás.
O estudo revela ainda que São Paulo é o estado de São Paulo que concentra o maior número de empresas do setor – 26,5% do total, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 15,8%. A maioria (84,7%) comercializa sorvetes em massa e 55,4% já investem também no açaí. A sazonalidade ainda é vista como o maior desafio para 56,7% dos entrevistados.
Para além da indústria sorveteira, a presença dos meios digitais tem se expandido pela população brasileira e mundial. Dados do "Relatórios Digitais Globais", desenvolvido pelo portal Data Reportal, apontam que, no geral, o país conta atualmente com 187.9 milhões de usuários na internet. E mais: o percentual de internautas cresce no a uma de 3,3% ao ano.
Esse pode ser um dos fatores que explicam a popularização das redes em ambiente online. Ainda segundo a pesquisa, só o Youtube conta com 144.0 milhões de usuários ativos, seguido do Instagram (134.6 milhões), Facebook (111.3 milhões) e TikTok, com 98.59 milhões de pessoas maiores de 18 anos usando a plataforma.
Outros sites como LinkedIn (que impacta a vida de 68 milhões de brasileiros), X (ex- Twitter), com 22.13 milhões de usuários e Snapchat também compõem essa lista, com 6.84 milhões de contas.
Acompanhando a “O Sorvete quer Falar”, é possível perceber que a população realmente usa esses mecanismos para se atualizar. O estudo do Data Reportal mostra que a leitura de notícias é responsável por 52.7% dos acessos, junto com encontrar artigos e vídeos(41.6%) e acompanhar assuntos do momento (34.0%).
Munidos dessas informações, é possível que empreendedores de diversas indústrias, como a do sorvete, possam estar por dentro do que acontece de novo e se destacar no mercado.
O setor de sorvetes teve um crescimento de 22,4% em volume no segundo semestre de 2023. Pensando que a temporada de 2022 também teve ganhos expressivos e visando um aumento maior, a expectativa é que o setor receba o equivalente a R$1 bilhão em investimentos ao longo de 2024, o que representaria um crescimento de 5%.
A pesquisa mostra que entre as microempresas o crescimento foi de 36,4% - o maior de todo o setor. Entre as empresas de pequeno porte o crescimento foi de 31,3%, enquanto as empresas de médio e grande porte viram o mercado crescer em 26,1% e 6,3%, respectivamente.
Para que o crescimento continue de forma sustentável, as empresas do segmento planejam aumentar a capacidade produtiva. Esse é o principal desejo para 46% dos entrevistados. A redução de custos operacionais (25,6%) e a melhoria na qualidade do produto final (22,7%) vêm na sequência entre as preocupações.
Falando em aumento de capacidade produtiva, a pesquisa quis saber também quais os fatores essenciais na hora de escolher novos equipamentos. Para mais de 83% dos entrevistados, os fatores primordiais são a disponibilidade de peças para reposição e a qualidade das máquinas escolhidas.
Tais fatores mostram que, com um ambiente favorável e o comprometimento dos empreendedores em se atualizarem e melhorarem continuamente, o futuro do setor de sorvetes promete ser ainda mais promissor, com potencial para alcançar novos patamares de sucesso e contribuir significativamente para a economia brasileira.
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ALICE BATISTA DE ALMEIDA
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