19/12/2020 às 20h13min - Atualizada em 21/12/2020 às 17h30min

Turismo de Café: 5 cidades brasileiras para os amantes da bebida

Conheça os municípios que são referência em roteiros e fazendas de café

SALA DA NOTÍCIA Fernando Pacheco
Santa Rita do Sapucaí, MG (arquivo)
O brasileiro ama café, bebida tão presente em vários momentos do cotidiano e que também teve um papel importantíssimo na história do país. Durante os tempos do Brasil Império, o famoso cafezinho chegou a representar a maior fonte de riqueza do país e foi o nosso principal produto de exportação por anos.

Atualmente, com o "boom" do café especial e a quarta onda do café (aquela em que as pessoas sabem manusear os métodos de preparo e têm conhecimento sobre a origem dos grãos), o chamado Turismo de Café não pára de crescer. São experiências dos mais diversos tipos, envolvendo fazendas, sítios, torrefações, cafeterias, escolas e museus, que abrem suas portas para contar nossa própria trajetória, reviver personagens e, é claro, realizar charmosas degustações.

Conheça 5 cidades brasileiras com roteiros e fazendas de café que irão te surpreender:

Santa Rita do Sapucaí, MG
Destino do momento quando o assunto é Turismo de Café, o município é beneficiado pelo seu clima e topografia. Localizado na região afamada por ter o melhor café especial do mundo, o Sul de Minas, oferece a possibilidade de visitar plantações, desfrutar de paisagens exuberantes e degustar cafés excelentes. A cidade também se diferencia por contar com diversas cafeterias, torrefações, eventos, cursos, marcas premiadas e uma cultura marcada pela presença das mulheres à frente dos empreendimentos cafeeiros. Outro atrativo é a união entre o cenário tecnológico e o do café. Santa Rita é também conhecida como o Vale do Silício brasileiro pelas suas centenas de "startups" de alta tecnologia, o que possibilita visitar empresas que desenvolvem inovação para diversas etapas da lavoura, produção e comercialização do café.

Dores do Rio Preto, ES
Com 80% da sua área em território capixaba, o Parque Nacional do Caparaó, que faz divisa com Minas Gerais, tem sua entrada no lado do Espírito Santo pelo município de Dores do Rio Preto. A cidade mais alta do estado dá acesso ao Pico da Bandeira, terceiro maior do país, e é a terra de origem dos cafés especiais que mais tem vencido concursos de qualidade mundo afora nos últimos anos. Com isso, o município vem ganhando cada vez mais reconhecimento no Turismo de Café, atraindo especialistas de todo o mundo interessados nos métodos e condições pelos quais as lavouras, localizadas a mais de mil metros de altitude, conseguem um sabor tão distinto.

Baturité, CE
Localizada no centro-norte do Ceará, a cidade é porta de entrada para a região chamada Maciço de Baturité, produtora do Café de Sombra, forma de cultivo onde o grão é protegido dos intensos raios solares, deixando o solo rico em nutrientes, adubado pela própria palha do café e umedecido pelas folhas das árvores. O café colhido nessa região é puro, 100% arábica e produzido por pequenos agricultores de forma tradicional e artesanal. A forma sustentável de produzir café no Maciço é capaz de gerar, ao mesmo tempo, preservação ambiental, emprego e renda. Os proprietários ainda conseguem manter tradições e o patrimônio cultural vivos na narrativa dos antigos fazendeiros nas casas igualmente centenárias, no café coado, no jeito de ser dessa gente do interior, cheia de sabedoria e poesia.

Santos, SP
O Museu do Café, localizado no centro histórico de Santos, é um dos lugares mais importantes que ajudam a resgatar e preservar a importante trajetória do café no Brasil. O local foi inaugurado em 1998 e funciona no antigo espaço da Bolsa Oficial do Café, que servia para oficializar a compra e venda do produto. Anos depois, o mesmo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2009, tornando-se um ponto turístico da cidade. No museu, podem ser encontradas fotos, objetos e documentos que mostram detalhes do passado e histórias desde as primeiras plantações.

Cacoal, RO
Devido à grande produção do grão entre os anos de 1980 e 1990, Cacoal, no estado de Rondônia, passou a ser conhecida como a Capital do Café, título que ostentou até o início dos anos 2000. Por uma série de problemas, teve sua plantação reduzida e deixou de ser o maior produtor de café Conilon do mundo. Recentemente, voltou a ganhar destaque não pela quantidade, mas pela qualidade, fator que tem rendido prêmios para os produtores que acreditaram nessa nova fase. O café Robusta, como é conhecido o grão produzido e preparado em Cacoal, também tem agradado o paladar do outro lado do planeta. A Coréia do Sul é o principal destino para onde são exportados os grãos produzidos no município.
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