Estética “clean”: por que mais jovens estão removendo tatuagens e adotando uma beleza minimalista 

Medica dermatologista tem observado um aumento significativo na procura por remocao de tatuagens entre pacientes de 25 a 30 anos Foto Cadore Divulgacao
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A tatuagem que um dia representou um momento marcante ou uma fase da vida agora já não faz mais sentido para muitos jovens adultos. O que antes era sinônimo de estilo e autoexpressão tem dado lugar a uma estética mais sóbria, natural e atemporal. Na contramão do exagero, cresce uma nova tendência no universo da beleza: o culto ao visual clean.

Esse movimento, que se reflete em escolhas como pele natural, procedimentos menos invasivos e até a remoção de tatuagens, é cada vez mais perceptível nos consultórios dermatológicos. É o que relata a médica dermatologista Débora Cadore, especialista em Terapias Regenerativas, Medicina Capilar e Gerenciamento do Envelhecimento, à frente da Cadore Clínica Dermatológica, no Centro de Florianópolis (SC).

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“Tenho observado um aumento significativo na procura por remoção de tatuagens entre pacientes de 25 a 30 anos”, afirma a médica. “Muitos dizem que o desenho não representa mais quem são, suas crenças ou estilo de vida. Já os pacientes acima dos 50 geralmente removem por questões estéticas.”

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A busca por uma aparência mais leve e natural não se limita às tatuagens. Segundo Débora, os procedimentos dermatológicos também acompanham essa virada de chave. “Os pacientes querem viver mais a experiência do que necessariamente mostrá-la. Procuram tratamentos que deixem a pele saudável, com aparência fresca e sem exageros. Vemos um declínio na procura por preenchimentos e um aumento por tecnologias regenerativas que estimulam o colágeno”, explica.

Essa mudança de comportamento está alinhada ao conceito de clean beauty, que prioriza produtos livres de ingredientes potencialmente nocivos e com menor impacto ambiental. “Hoje, a prevenção e a regeneração são as grandes tendências da dermatologia estética”, ressalta a especialista.

Tecnologia a favor da mudança

Na prática, o que permite essa transformação estética é o avanço tecnológico. Na clínica da Dra. Débora, o principal aliado na remoção de tatuagens é o Quadri Pico, equipamento de última geração que utiliza tecnologia em picosegundos para quebrar os pigmentos da pele com precisão e segurança.

“Esse laser é eficaz inclusive em pigmentos difíceis, como verde, vermelho e amarelo, além de ser seguro para todos os tipos de pele, inclusive a pele negra. Isso não era possível com as tecnologias anteriores, que deixavam manchas claras ou brancas”, afirma a dermatologista. “Hoje conseguimos remover tatuagens em até 12 sessões, dependendo da idade da tatuagem, das cores usadas e de procedimentos anteriores.”

Nos últimos anos, a clínica duplicou a quantidade de pacientes interessados na remoção de tatuagens, sendo os braços a região mais comum. Mas os cuidados vão além da tecnologia. “Não basta o melhor equipamento. É preciso ter conhecimento para usá-lo. Costumo comparar com a Fórmula 1: não adianta ter o melhor carro se não houver um bom piloto”, alerta Débora, que acumula mais de 20 anos de experiência na área e formação em instituições de referência no Brasil, Estados Unidos e Europa.

Cuidados e recomendações

Antes de iniciar o tratamento, é essencial que o paciente evite a exposição solar e não esteja bronzeado. O intervalo entre as sessões deve ser, no mínimo, de 45 dias. Já a escolha da clínica deve ser criteriosa. “Fazer esse procedimento em locais não especializados ou com profissionais não médicos pode causar queimaduras, ausência de resultado e complicações futuras”, adverte.

Para quem ainda está em dúvida sobre apagar a tatuagem, a médica é direta: “Se este é o seu desejo, remova em um local com experiência. Esta é a chave do sucesso”.

Uma nova forma de se expressar

Mais do que apagar uma imagem do corpo, a tendência do visual clean representa uma revisão de valores. Para muitos, é uma forma de recomeçar, de se reconectar com o presente e de cuidar do corpo com mais consciência.

Nessa nova estética, menos é mais, e o natural é, cada vez mais, o novo bonito.

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Debora Cadore, médica especialista em dermatologia

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