Em 2021, a Avenida Paulista comemorará 130 anos. Considerada há décadas como símbolo de São Paulo, a avenida reúne em seus 2,7 km de extensão uma variada gama de equipamentos culturais, bancos, conjuntos de escritórios, residências, parques com vegetação reminiscente da Mata Atlântica, além de igrejas e hospitais. E é justamente a diversidade a grande vencedora entre os principais atributos positivos da famosa via, apontados pela maioria dos entrevistados de uma pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) a pedido da Associação Paulista Viva – APV.
O objetivo da APV, ao solicitar a pesquisa, era - além de iniciar as comemorações dos 130 anos da Paulista e os 25 anos da entidade em 2021 - descobrir exatamente por quais razões os frequentadores da Paulista consideram a avenida como o "símbolo de São Paulo". Afinal, até hoje a via ostenta esse título mais por uma questão de carinho popular do que por indicação em premiação oficial ou coisa do tipo.
Presidente da APV, Lívio Giosa explica que a pesquisa também identificou as 13 categorias de atividades consideradas "a cara da Paulista", como espaços culturais, comércio, hotelaria, instituições de ensino, entre outros. "Queríamos saber o que as pessoas que circulam pela avenida mais famosa do Brasil identificam como marcas principais da via", diz.
Cerca de 1.200 pessoas foram ouvidas presencialmente, durante o mês de outubro, pelos pesquisadores da FIPE, entre visitantes, moradores, empresários e trabalhadores da região. Após a tabulação dos dados, a APV teve a oportunidade de se aprofundar nas opiniões dos entrevistados para melhor compreender a relação entre a avenida e seus frequentadores.
É elevado o índice de avaliação da avenida. Cerca de 83% dos entrevistados declararam que a Avenida Paulista é "ótima" ou boa". Interessante pontuar que o índice é maior quando se trata de pessoas que moram em outras cidades (86%). Moradores de outros bairros de São Paulo surgem com 84% de avaliações ótimas ou boas. Já entre os que moram nas redondezas, a avaliação de excelência é de 79%.
O resultado mostra ainda que pouco menos da metade dos pesquisados não vai à Paulista aos domingos. Outros 30% tem uma rotina bastante intensa de ida aos domingos, declarando que vão quase ou todos os domingos. Para quem vive nas proximidades, esse número chega a 52%. Para quem mora na cidade de São Paulo, 22% e, para quem mora fora da cidade, 11% declararam visitar a Paulista quase ou todos os domingos. A grande maioria é a favor de fechar a Paulista aos domingos para os carros: 78%.
A diversidade e movimento de pessoas, o visual e as atrações são os principais aspectos positivos da paulista, apontados por 25% do total de entrevistados. A paisagem visual/aspectos arquitetônicos ficam em segundo, com 18%. Já as atrações culturais ficaram em terceiro, com 16%.
Segurança e desigualdade social (moradores de rua) são os principais problemas apontados. Cerca de 23% dos entrevistados avaliou a deficiência na segurança ao longo da avenida como o principal aspecto negativo. A desigualdade social ficou em segundo lugar, com cerca de 22% dos entrevistados. Por outro lado, 19% dos entrevistados responderam "nada". Ou seja, em terceiro lugar, com uma margem apertada, ficou a opinião dos que não encontram pontos negativos para apontar.
"A Avenida Paulista é uma das únicas avenidas do País a reunir em um só lugar uma gama variada de equipamentos culturais, estabelecimentos comerciais, escritórios, faculdades, hospitais.", comenta Lívio Giosa. "Essa diversidade se expressa também no vai-e-vem de pessoas pertencentes aos mais variados grupos sociais. É uma avenida onde se concentra, ao mesmo tempo, o trabalho e o lazer".
Confira, na lista abaixo, o ranking completo dos demais equipamentos e estabelecimentos citados nas 13 categorias apontadas como a cara da paulista:
A CARA DA PAULISTA - Ranking dos estabelecimentos/equipamentos
