07/03/2019 às 14h46min - Atualizada em 07/03/2019 às 14h46min

Faz em quantas?!

Brasileiro adora parcelar suas compras, isso é fato. Muitos dizem que “o parcelamento é a única forma de uma pessoa normal – que não é rica ou ganha bem – comprar algo, construir patrimônio e conseguir ter um pouco de conforto”. Será mesmo?
Ao entrar numa loja para comprar à vista e buscar desconto, somos rapidamente desencorajados pelos seus vendedores e gerentes.
Além disso, estão presentes muitas artimanhas que levam o consumidor a optar pelos “pequenos pagamentos a perder de vista”.
Grandes empresas, de varejistas a comerciantes, e grupos financeiros lucram (muito) justamente com a venda de dinheiro (crediário) disfarçada de produtos. Porem em finanças pessoais, o legal é que a matemática básica sempre resolve e explica. Não existe mágica. A soma de vários pequenos valores e despesas contraídas no mês levam muitos a uma situação de descontrole. 
Os pequenos valores pagos aqui e ali se transformam em uma grande dívida, e neste momento, se a torneira não está totalmente fechada, cada gota que cai representa uma perda considerável.
Sempre batemos na tecla do planejamento de gastos e foco em objetivos, contudo, tenho tranquilidade em afirmar que grande parte das compras parceladas acontece na base da empolgação, sustentada em algo que originalmente não fazia parte do planejamento. É aquele par de sapatos que você viu enquanto esperava por alguém no shopping, aquele celular novo que tem mais funções do que seu atual e por ai vai.
O parcelamento se torna, lenta e invisivelmente, um vício, e depois de muitas parcelas, o estrago normalmente estará bem grande. O impulso e a falta de controle poderão levá-lo a criar parcelamentos sobre parcelamentos e assim comprometer sua renda de forma perigosa.
E atenção redobrada com o parcelamento realizado pelo cartão de crédito ou mesmo por cheques pré-datados, pois as duas modalidades de crédito quando não quitados levam o consumidor a ter pela frente juros extremamente elevados, comprometendo a situação financeira em algumas vezes por muitos anos.
As emoções são importantes, mas não podem guiar todas as suas decisões. Na hora da compra, apelar apenas para a emoção quase sempre significa bons negócios para o vendedor e uma compra inconsciente. Seja amigo de seu bolso, planejando suas aquisições ao longo do ano e reduzindo o número de parcelamentos, verás que dia após dia a situação irá melhorar. Forte abraço!
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