Todo mundo que já passou por um problema jurídico conhece essa dúvida que aparece como um nó na cabeça:
“Quanto custa contratar um advogado?”
“É certo ele cobrar consulta?”
“Será que vale a pena entrar com uma ação?”
São perguntas legítimas. Mas talvez, antes de buscar o preço, a gente precise entender o valor.
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Pense em como agimos diante da dor física.
Você sente algo estranho, uma dor insistente, e marca uma consulta com o médico.
Você não pergunta o preço do remédio antes de ser examinado, ora, até porque o médico ainda nem sabe o que você tem.
Ele vai te ouvir, investigar, pedir exames, e só depois indicar o tratamento.
Com o advogado é igual.
Antes de qualquer número, vem a escuta.
O advogado precisa entender o que aconteceu, o que você sente, quais documentos existem, o que já foi tentado, o que está em jogo.
Afinal, o Direito não é feito só de leis, é feito de histórias. Pois atrás de cada pessoa, existe uma história de vida, uma dor latente, um aperto do coração e uma pressão na mente que precisa de alívio.
E nenhuma história é igual à outra.
Por que o advogado cobra consulta
Muita gente estranha o fato de alguns advogados cobrarem pela consulta.
Mas pense, a consulta é o momento em que o profissional analisa seu caso, interpreta documentos, identifica caminhos possíveis e, muitas vezes, já resolve boa parte das suas dúvidas.
É um ato técnico, é um profissional, não um bate-papo informal, esse fica para os amigos.
Da mesma forma que o médico cobra pela consulta mesmo que o paciente decida não fazer o tratamento ali, o advogado também pode cobrar pela análise, mesmo que decida não entrar com a ação.
Porque é nesse momento que ele aplica anos de estudo e experiência para entender o seu problema.
O valor não é pelo tempo, é pelo conhecimento que esse tempo carrega.
Nem toda dor tem o mesmo remédio
Dois clientes podem chegar com situações parecidas, uma demissão, por exemplo, e ainda assim, o tratamento jurídico será completamente diferente.
Um pode ter direito a indenização, outro não.
Um pode resolver tudo em um acordo, outro precisará de processo.
É por isso que não existe tabela única ou resposta automática.
Cada caso é um corpo diferente – e o advogado, antes de prescrever, precisa diagnosticar.
O verdadeiro custo
Então… quanto custa contratar um advogado?
Custa o valor da paz.
Custa se ver livre das noites mal dormidas, das perguntas sem resposta, dos direitos que são seus, mas que ninguém respeita.
Custa o alívio de saber que há alguém preparado para lutar por você.
O custo do advogado é o preço da liberdade e da tranquilidade que vem quando você percebe que não está sozinho. Perceber que o seu problema tem solução.
Vale a pena entrar com uma ação?
Depende.
E essa talvez seja a resposta mais honesta que alguém possa te dar.
Entrar com uma ação faz sentido quando há direito, provas e um propósito claro.
E é justamente o advogado quem vai te ajudar a enxergar isso.
Às vezes, ele vai te orientar a seguir com o processo.
Outras, vai te mostrar que a briga pode custar mais do que render.
Mas em ambos os casos, ele te dá o que ninguém mais consegue oferecer: clareza.
Então, é caro contratar um advogado?
Caro é o prejuízo de não entender seus direitos.
Caro é o silêncio que vem quando você decide “deixar pra lá”.
Caro é ver a dor crescer por falta de cuidado.
O advogado não vende promessas, o advogado te proporciona segurança.
E a segurança, assim como a saúde (ou qualquer outra coisa na vida), tem um preço, mas o custo de não tê-la é sempre maior.
No fim, a escolha é sempre sua. Investir na solução ou conviver com a incerteza.
Quer refletir mais sobre o tema? Quer saber sobre os seus Direitos?
Leia outros artigos no meu perfil do Cidades no Ar e descubra como o conhecimento e a informação pode ser o seu melhor investimento.
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Acompanhe o autor no Instagram – lá o Direito é direto, sem enrolação e do jeito que você entende! @geovani.menezes (clique para seguir o autor no instagram).
Geovani Menezes é advogado na Menezes Advocacia, atuando em causas trabalhistas e cíveis. Geovani também é mestrando em Ciências Jurídicas e Bacharel em Direito pela Universidade Cesumar – UniCesumar (Campus Maringá/PR), sendo bolsista do Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Particulares (PROSUP/CAPES). Pós graduado em Direito Notarial e Registral pelo Centro Universitário Cidade Verde – UniCV (Maringá/PR). Pesquisador. Desenvolve pesquisas em direito com enfoque nas áreas de direitos da personalidade, desjudicialização e acesso à justiça.
Geovani é colunista do portal CidadeNoAr.com, autor da coluna Direito Notarial e Registral, na qual aborda temas relacionados aos cartórios, direitos da personalidade e à função cidadã do extrajudicial.
Contato: geovani_menezes@hotmail.com.br.
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