Chip de potência: Para quem é indicado e quais suas vantagens e desvantagens? Preparador automotivo explica

Márcio Medina, CEO da SFI CHIPS e preparador oficial dos carros da Mitsubishi Cup, já preparou carros para famosos como Caio Castro, Lucas Lucco, Nicolas Prattes, Felipe Titto e o gamer Cerolzera

Divulgação

Para quem busca maior potência, aceleração e, em alguns casos, até mesmo economia, é comum procurar pelo chip de potência, que virou tendência. Mas quais suas vantagens e desvantagens?

De acordo com Márcio Medina, preparador oficial dos carros da Mitsubishi Cup e CEO da SFI CHIPS, o remap, também conhecido como chip de potência, é um software que faz o motor render mais potência e torque, alterando parâmetros de programação dentro do módulo de injeção eletrônica do automóvel.

“Com a reprogramação eletrônica, além de você trabalhar com um motor mais solto, ou seja, mais equilibrado na relação estequiométrica, a relação de injeção de combustível e admissão de ar, você consegue um aumento de potência e, em alguns casos, dependendo do projeto, você consegue até economia de combustível. Um motor com mais força, gira menos, ou seja, tem menos rotação e menos RPM, o que ocasiona um desgaste menor e, até mesmo, um consumo de combustível melhor e mais adequado.”, explicou ele.

O preparador automotivo expõe que a reprogramação da unidade de controle do motor pode ser feita retirando o módulo do carro e colocando numa bancada de procedimentos ou por tomada de diagnóstico, que é a porta de acesso ao módulo. “Primeiro realizamos um backup do software original do carro, colocamos ele em um editor e em seguida eu altero os parâmetros dele. Alguns bem importantes como ponto de ignição, linha de combustível, pressão da linha de combustível. Com esses ajustes, o software modificado acaba até mesmo se adequando para a realidade de combustível do país e realidade climática”.

“Quando um fabricante faz um carro, ele imagina que esse carro pode rodar tanto numa situação climática muito quente, como muito fria, ou seja, se fosse um terno, serviria um homem um pouco mais gordo e um outro um pouco mais magro, não ficaria perfeito, mas serviria os dois e é assim que o software vem programado. E o que eu faço com a customização, é como uma alfaiataria, eu pago esse software e falo para qual é o uso, como a pessoa usa, qual é o perfil do cliente e eu adequo, é o que chamamos de otimização de parâmetros”, Medina adiciona.

As vantagens, de acordo com o empresário, vão depender de cada projeto. “Não existem vantagens fixas, tem cliente que quer mais potência, mas não quer economia, outro quer mais economia e pouca potência, então varia de acordo com o perfil e necessidade de cada um”, afirma.

A desvantagem fica por conta do uso inadequado e exacerbado, o que acaba comprometendo a longevidade do motor, alega Márcio. “Quando você compra um carro zero, existe uma garantia, mas ela não é irrestrita. Ela prevalece caso você troque o óleo na época, não faça um uso descontrolado do equipamento, então a garantia original do carro já faz algumas ressalvas, isso é igual para a reprogramação. Tudo vai depender de como você vai usar e quando feita por um profissional qualificado, os riscos são mínimos. A SFI CHIPS é extremamente capacitada e, além disso, responde por tudo aquilo que seja problema da reprogramação, do trabalho feito”.

Para Medina, o chip de potência é indicado para todo mundo, desde a pessoa mais jovem que busca uma performance melhor, até alguém com uma idade mais avançada e busca segurança em ultrapassagem. “É indicado para as mulheres que querem melhorar os carros delas para a cidade, para o cara que quer preparar o carro dele para o Track Day, ou para quem tem uma frota de carros e tem um alto impacto do custo do combustível e faz esse trabalho pensando em lucro real, em economia, para máquinas agrícolas, barco e até mesmo ambulâncias.”, finaliza ele.