10/07/2023 às 17h59min - Atualizada em 12/07/2023 às 00h01min

Chuvas no Nordeste: Especialista alerta para planejamento urbano e gerenciamento de risco; Desequilíbrio ambiental é uma das causas 

Chuvas fortes têm provocado alagamentos e deixam várias regiões litorâneas em alerta;

Deiwerson Damasceno
Divulgação

Geiziane Oliveira, professora do curso de Engenharia da Faculdade Anhanguera, chama a atenção para prevenção de tragédias

De acordo com a professora do curso de Engenharia da Faculdade Anhanguera, Geiziane Oliveira, estamos vivendo um ano com climas atípicos e eventos climáticos extremos por dois fatores: o aquecimento global e a chegada do El Niño.

“Em razão das mudanças climáticas e uso não sustentável dos recursos naturais, ocorrerão eventos extremos com a incidência de fenômenos mais intensos como furacões, tufões, tempestades tropicais e secas extremas”, aponta. 

No Brasil, a expectativa é que o El Niño provoque o aquecimento das temperaturas em até 2,5ºC em alguns locais, podendo refletir em um inverno mais quente em algumas regiões e em outros mais radical. No Nordeste, as chuvas fortes têm provocado alagamentos e deixado várias regiões litorâneas em alerta. Alagoas e Pernambuco, por exemplo, ainda sofrerão com problemas ao longo desta semana, mas a tendência é que os temporais percam força com o passar dos dias.

Para se preparar para os impactos, o especialista chama a atenção para a prevenção de tragédias e orienta que estabelecer políticas de gestão de riscos é essencial nesse período.

“Este fenômeno climático pode afetar especialmente comunidades vulneráveis, causando danos à infraestrutura, interrupção no abastecimento de alimentos e aumento do preço dos produtos básicos. Portanto, medidas de apoio, como programas de assistência social e reabilitação de infraestrutura, são essenciais para lidar com os impactos e garantir a resiliência das pessoas que podem ser afetadas”, alerta.

Geiziane Oliveira salienta que neste cenário há formas de prevenir que algumas regiões sejam menos impactadas nesses casos de eventos climáticos extremos. 

“Com os indícios de climas atípicos é possível realizar um planejamento prévio da infraestrutura urbana implantando uma gestão de risco e sendo orientada por um zoneamento ambiental, assim como ampliar as discussões e políticas públicas, onde esteja considerada a possibilidade de catástrofes ambientais com restrição de uso de uma área sensível e a criação de um sistema de alerta precoce e monitoramento de áreas vulneráveis”, sugere. 

Outro ponto de atenção levantado pelo especialista é que nesse contexto, a conscientização da população para a busca do desenvolvimento sustentável para a preservação do meio ambiente e melhor forma de utilização dos recursos naturais deve ser enfatizada e discutida amplamente na sociedade.  

“A série de mudanças climáticas ocorridas nos últimos tempos é fruto das práticas não sustentáveis utilizadas, entre elas, o desmatamento, emissão dos chamados gases de efeito estufa, poluição das águas, entre outras. Essas ações contribuem diretamente para o desequilíbrio ambiental, o que reflete principalmente nas estações fora do comum que o planeta vem vivendo. Precisamos ter essa conscientização em nosso contexto social”, enfatiza.

Geiziane Oliveira: Engenheira sanitarista e ambiental, Mestre em Saúde e Ambiente, experiência em monitoramento da qualidade ambiental e desenvolvimento de pesquisas voltadas à saúde e ambiente e condições higiênico-sanitárias de mercados públicos.

 

Sobre a Anhanguera 

 

Fundada em 1994, a Anhanguera oferece educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho por meio de seus cursos de graduação, pós-graduação, cursos Livres, preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos, presenciais ou a distância, visando o conceito lifelong learning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno. São mais de 15 mil profissionais e professores entre especialistas, mestre e doutores. 

Além disso, a instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas. A Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar conhecimentos com toda a sociedade a fim de impactar positivamente as comunidades ao entorno das instituições de ensino. Para isso, conta com o envolvimento de seus alunos e colaboradores a partir de competências alinhadas às práticas de aprendizagem e que contribuem para o desenvolvimento do País. 

Com grande penetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 106 unidades próprias e 1.398 polos em todos os estados brasileiros.  

Acesse o site e o blog para mais informações. 


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