“A invisibilidade do climatério no ambiente de trabalho é tanto um problema para carreira da mulher, quanto para a empresa", afirma a Dra. Andressa Katiski, co-fundadora e CEO da
Kefi. Um estudo britânico revela que cerca de 14% das mulheres consideram deixar o emprego devido aos desafios do climatério, com aproximadamente 370.000 no Reino Unido já tendo deixado ou considerado deixar suas posições por causa disso. No Brasil, a Kefi estima que atualmente cerca de 30 milhões de mulheres estão navegando pelo climatério e menopausa, um número que pode dobrar até 2050, segundo projeções do IBGE. No entanto, ainda não existem pesquisas nacionais que avaliem a taxa de desemprego causada pela menopausa.
Apesar do número de mulheres na faixa etária da menopausa na força de trabalho ter aumentado, representando 11% nos países do G7 (Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Alemanha e Japão), as dificuldades persistem. Os sintomas como fogachos, suor noturno, insônia e alterações de humor não são apenas incômodos físicos; eles têm o potencial de desestabilizar a presença e contribuição feminina no ambiente profissional.
Além disso, há uma lacuna econômica significativa causada pelo climatério. O custo global associado à menopausa ultrapassa os US$ 810 bilhões, refletindo despesas médicas e perda de produtividade. E embora países como o Reino Unido tenham começado a implementar políticas de conscientização sobre a menopausa no local de trabalho, muitos ainda têm um caminho longo a percorrer.
A Kefi está mudando o cenário. A startup curitibana é um exemplo de práticas sustentáveis e promoção da igualdade de gênero, refletindo seu compromisso com a qualidade de vida das mulheres e o meio ambiente. Produtos veganos que aliviam os principais sintomas do
climatério e menopausa, embalagens recicláveis e conteúdo educativo, são apenas algumas das iniciativas que demonstram seu compromisso com a saúde feminina e o planeta. Em seu
blog da menopausa a empresa trabalha temas que envolvem saúde e bem estar na menopausa, bem como dicas para uma carreira de
sucesso no climatério.
Adicionalmente, a consciência está crescendo globalmente. No Japão, medidas estão sendo tomadas para enfrentar a menopausa como uma questão de saúde pública, enquanto nos EUA, ainda há um silêncio predominante. O Brasil, por sua vez, está tomando medidas legislativas para garantir que as mulheres tenham acesso a tratamento hormonal e psicológico pelo SUS, sinalizando um avanço significativo na saúde pública.
Este artigo é um chamado para reconhecer e abordar o impacto do climatério na vida profissional das mulheres. Com iniciativas como as da Kefi, há esperança de que as mulheres possam continuar a prosperar em suas carreiras, mesmo diante dos desafios do climatério. As contribuições femininas são inestimáveis, e é hora de dar a elas o palco e o apoio que merecem.
