Foi-se o tempo que ilustradores e designers dependiam das agências de publicidade e empresas privadas para sobreviverem e construírem suas carreiras. Hoje, muitos deles se transformaram em artistas empreendedores e aderiram a um movimento que é chamado pelos profissionais do mercado digital de ‘empacotamento de conhecimento’.
Esse fenômeno funciona da seguinte forma: se o artista tem um desejo de ensinar seu traço e sua técnica para outras pessoas, ele pode comercializar o seu conhecimento na internet através de videoaulas. Diante dessa possibilidade muitos têm comercializado seus saberes em plataformas de marketplace internacionais, como é o caso do ilustrador e quadrinista Carlos Gomes Cabral.
Além de utilizar a Sul coreana Class 101 para ensinar pessoas no mundo inteiro como se cria personagens com o padrão Disney de qualidade, o profissional também possui um fórum de orientação artística para dar feedback aos alunos e acompanhar a evolução do aprendizado. Sua primeira iniciativa como artista independente foi em 2016 com a publicação de seu livro “Whoosh! 250 Ways to Get Motion Into Your Drawings”, que conta com a colaboração de grandes nomes da Marvel, tem encantado artistas no mundo inteiro.
“Para mim foi um processo natural porquê já criava muito conteúdo em inglês nas redes sociais, o que faz toda a diferença para um profissional da área crescer na carreira e ser encontrado por estúdios e agências de criação com muito mais facilidade”, explica o Carlos Gomes Cabral que sempre mirou o mercado de trabalho internacional e compartilha conteúdo gratuito, em inglês, no perfil do Instagram @carloscabralart.
Uma das criações que fazem parte do portfólio do artista e está disponível em sua galeria de imagens no Instagram. (Imagem/Divulgação)
No Brasil, a pandemia do coronavírus impulsionou o crescimento do mercado de infoprodutos. Segundo a Global Consumer Insights Survey 2020, da PwC, 45% das pessoas passaram a usar o celular como canal de compras e o mobile learning despontou em meio a este cenário.