Dentro da cultura brasileira é mais do que conhecido que a música é um dos nossos pontos fortes. Ao longo de sua história e formação, música e canção no Brasil foram capazes de unir ritmos e motivos populares com um aprimoramento nos arranjos que não devem nada ao erudito. Assim, ainda há compositores que manifestam compromisso com essa tradição. É o caso de Francisco Crescencio Junior, conhecido pelo nome artístico de ÔCHICO.
Formado em geologia pela UFRJ e com mestrado e doutorado pela mesma universidade, ele dá o empurrão para sua carreira artística solo agora. Isso apesar de alguma experiência anterior no meio musical. Nos anos 90 e 2000, ele participou da banda Chico Jr e a Quadrilha junto com alguns amigos. “A maior façanha foi ganhar um festival de música popular com apenas 15 anos, tendo na época Lenine, Lula Queiroga, então jovens promessas, mas já com projeção nacional, como ‘jurados’ relembra ÔCHICO sobre sua juventude artística.
Para sua carreira solo, ÔCHICO (foto) procura se aproximar da tradição de música negra, tanto nacional quanto internacional. Nomes como Jorge Ben Jor, Tim Maia, Djavan, Bob Marley e Stevie Wonder. Mas sua maior influência mesmo é Gilberto Gil. “Comecei a conhecer a obra dele ainda criança. Minha visão e conhecimento de música popular, de cultura brasileira, depois cultura pop, Black Music, partiu tudo deste ponto inicial”, coloca ÔCHICO sobre como a obra de Gil o afetou.
É um conjunto de influências que ele sintetiza com tendências contemporâneas conforme se percebe nas suas composições. É o que se percebe na canção “Dance” com influência de sons de eletrônico lounge. Também mencionar “Outro engano”, canção com forte pegada de reggae e soul. Ambas estão em seu canal do YouTube, ÔChico.
Com isso, ele vem lutando para ganhar espaço e reconhecimento como compositor. Ele também tem aprimorado nesses termos seu desenvolvimento como intérprete.
