Como garantir a proteção da criança em tempos de pandemia em um novo cenário após o surto do coronavírus? Esse foi um dos pontos levantados durante uma conversa entre a titular do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), ministra Damares Alves, e conselheiros tutelares. O encontro ocorreu, neste sábado (27), em Tubarão (SC).
"Temos receio de quando acabar a pandemia e as portas de casa se abrirem. Em qual estado vamos receber as crianças nas escolas e nas creches? Certamente haverá muita criança machucada psicológica e até fisicamente", alertou a ministra. "É preciso lembrar que elas estão passando esse momento dentro de casa o tempo todo e que a maioria das violações e dos agressores estão no ambiente doméstico", completou.
Outra questão discutida foi a segurança dos profissionais responsáveis pelo acolhimento de crianças em situação vulnerável. Muitos conselheiros estão trabalhando sem nenhum tipo de proteção necessária para manter o isolamento social.
"Nós precisamos de apoio e de doações para a compra de equipamentos de proteção. É necessário que seja feita a distribuição de equipamentos de proteção individual (EPI's) para os conselheiros de todo o Brasil", ressaltou a coordenadora do fórum colegiado nacional de conselheiros tutelares, Graziela Cristina Damacena Gabriel.
Além da compra de máscaras e de álcool em gel, o grupo solicitou ainda a disponibilização de testes rápidos já aplicados em profissionais de saúde.
A ministra compartilhou a reivindicação com deputados da bancada estadual e com o prefeito de Tubarão, que, ao se solidarizar, externou preocupação com a situação no município.
"A infecção está no meio social. Houve aumento de casos. Hoje, 15 de 20 leitos de UTI estão ocupados. Mas vamos enfrentar", disse o chefe do Poder Executivo Municipal, Joares Ponticelli.
