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08/06/2022 às 15h22min - Atualizada em 09/06/2022 às 00h00min

Professor da UFPR destaca atenção ao período de transição para garantir produtividade das vacas leiteiras

Em live promovida pela Trouw Nutrition, Prof. Rodrigo de Almeida destacou fatores que contribuem para o sucesso na fase mais delicada da saúde de vacas de leite

SALA DA NOTÍCIA Texto - Assessoria de Imprensa
Professor da UFPR destaca atenção ao período de transição para garantir produtividade das vacas leiteiras

Em live promovida pela Trouw Nutrition, Prof. Rodrigo de Almeida destacou fatores que contribuem para o sucesso na fase mais delicada da saúde de vacas de leite
 
"Durante o período de transição, que ocorre entre as três semanas do pré-parto e as três semanas após parição, diferentes fatores prejudiciais à vaca leiteira acontecem de forma simultânea. Essa é a fase mais delicada para a saúde em todo o seu ciclo produtivo, pois ela enfrenta balanço energético negativo, imunidade baixa, status pró-inflamatório e estresse oxidativo", explica Rodrigo de Almeida, médico veterinário e professor coordenador do Grupo do Leite da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O especialista foi convidado pela Trouw Nutrition para compartilhar seu conhecimento ministrando palestra com o tema "Da Transição Para o Sucesso: O Caminho Para a Vida Produtiva".
 
"A fazenda deve manter dois lotes de vacas secas. O primeiro lote deve ser composto pelas fêmeas que foram secas recentemente e, o segundo, com as que já estão na fase do pré-parto, uma vez que as exigências nutricionais são distintas. Quando as vacas do primeiro lote atingem os 255 dias de gestação, devem ser transferidas para o segundo. Esse manejo permite que o animal tenha tempo suficiente para se adaptar à dieta e rotina de ordenha das vacas em lactação. Não há benefícios de deslocar o animal antes do tempo, nem mesmo fornecer dietas acidogênicas para todas as vacas desde a secagem", orienta o especialista.
 
De acordo com o professor, o segundo ponto é o resfriamento de vacas secas. Com base nos dados de pesquisas da Universidade da Flórida (EUA), fêmeas resfriadas durante o período seco foram capazes de produzir 5 kg/dia a mais de leite do que os que sofreram com estresse calórico. "É fundamental resfriar as vacas durante todo o        período seco e não apenas durante o pré-parto". Além dos benefícios diretos nas vacas resfriadas, as bezerras que ainda não nasceram e que estão na barriga das suas mães também são beneficiadas.
 
Evitar que as vacas percam Escore de Condição Corporal (ECC) no pré-parto também auxilia o resultado do período de transição. O professor Rodrigo compartilhou os estudos que avaliaram a associação entre a mudança de ECC no pré-parto e o desempenho e a saúde de vacas no pós-parto. "Aqui ficou constatado que os animais que mantiveram ou ganharam peso durante o período seco permaneceram mais saudáveis em relação àqueles que perderam. Além disso, outras medidas fundamentais para o sucesso no período de transição são o fornecimento de dietas acidogênicas antes do parto e dietas específicas às vacas recém-paridas, de preferência o fornecimento de dietas com alto teor de proteína no pós-parto e suplementação de uma boa fonte de metionina, atenção aos níveis de cálcio sérico dos animais e monitoramento da cetose subclínica".
 
O professor da UFPR lembrou também que o bem-estar tem alto impacto nessa fase. "É fundamental que o produtor entenda a relação do conforto das vacas leiteiras com a produtividade. O investimento durante o período de transição de rebanhos leiteiros, seja em instalações, conforto do animal, qualificação, manejo ou nutrição, deve ser considerado por todos os produtores, de pequeno a grande porte. Todo e qualquer cuidado na fase periparturiente possui consistente impacto na melhoria da eficiência reprodutiva e diminuição no descarte involuntário dos animais, impactando positivamente o retorno econômico”.
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